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VIII ENCONTRO NACIONAL DE COORDENADORES DE CURSOS DE FARMÁCIA: Presidente do CFF questiona Diretrizes Curriculares

VIII ENCONTRO NACIONAL DE COORDENADORES DE CURSOS DE FARMÁCIA: Presidente do CFF questiona Diretrizes Curriculares

“Vocês estão satisfeitos com as Diretrizes Curriculares de 2002?”. Foi assim que o Presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter Jorge João, iniciou o discurso que proferiu na solenidade de abertura do “VIII Encontro Nacional de Coordenadores de Cursos de Farmácia”, na manhã desta quarta-feira (17.10.12), no Auditório do Hotel Nacional, em Brasília. O evento, realizado pelo CFF, reúne coordenadores de cursos de todo o País, representantes do Ministério da Educação e da Saúde e especialistas em educação farmacêutica.

Para Walter Jorge, teria sido importante que, na elaboração das Diretrizes, fossem levados em conta os pontos levantados pelo setor, em 1997, em torno da formação farmacêutica por carreira, focando na instrução profissional para áreas de fármacos e medicamentos, análises clínicas, toxicológicas e alimentos. “Aquela discussão que se deu, a nível nacional, encaminhada ao Ministério da Educação, foi esquecida. Lembro que, àquela época, o Brasil contava com apenas 59 cursos de Farmácia”, acrescentou.

Hoje, o Brasil tem 416 cursos de Farmácia. O Presidente do CFF questionou a necessidade de um número tão elevado, já que, em todo o mundo, existe cerca de 2 mil cursos. “Nós precisamos de tudo isso? Eu diria que nem mesmo toda a Europa conta com tantos cursos como o nosso País. Eles têm a qualidade que todos nós esperávamos?”, questionou Dr. Walter Jorge.

O Conselho Federal de Farmácia firmou convênio com o Ministério da Educação, em 2009 – e o renovou, em 2011- pelo qual o CFF fica encarregado de avaliar a qualidade dos cursos. “Eu pergunto, também, a vocês: nós alcançamos os objetivos almejados? Há problemas com as Diretrizes Curriculares Nacionais?”, questionou.

O dirigente, também, demonstrou preocupação com a atitude de algumas instituições de ensino que obrigam os alunos a concluir dupla formação, por falta de turmas completas para o estudo da grade curricular de Farmácia. Referindo-se a esse novo “modismo”, Dr. Walter Jorge lembrou que existem universidade que oferecem vagas para Farmácia e, se não consegue um número de candidatos suficiente, os poucos alunos precisam estudar Biomedicina, durante três anos, e depois, com apenas mais um ano, formam-se farmacêuticos.

Ele levantou, ainda, questionamentos sobre o ensino noturno oferecido por cursos de Farmácia. “Será que eles conseguem integralizar toda a grade curricular para a formação farmacêutica? Onde acontecem as práticas nesses cursos? Sabemos que, principalmente o Sistema Único de Saúde, dificilmente, tem postos e centros de saúde que funcionam, no período noturno, de forma a aceitar acadêmicos de Farmácia como estagiários”, alertou.

 

No final do discurso, Walter Jorge conclamou os líderes do Encontro a assumirem uma “missão”: a de, nos três dias de discussão das Diretrizes Curriculares, apontarem um norte e dizerem qual o caminho a seguir. “Existe uma forte inquietação por parte dos estudantes e dos egressos dos cursos de Farmácia. Eles esperam que vocês apontem o rumo e digam que atitudes tomar junto ao Ministério da Educação”.

COMENSINO – A Presidente da Comissão de Ensino do Conselho Federal de Farmácia (Comensino), Ana Paula Queiroz, destacou, também, na abertura do Encontro, a importância do evento para a elaboração de propostas que visem à melhoria contínua da educação farmacêutica. “Espero que este evento cumpra a função de estabelecer um debate cujas sugestões localizem mais o problema da necessidade da educação na área de Farmácia e seu papel na saúde que os delineamentos pedagógicos que se pode identificar no processo educacional”, ressaltou.

Na opinião de Ana Paula Queiroz, um dos entraves para a concretização das metas de saúde tem sido a compreensão da gestão na formação como atividade meio, secundária à formulação de políticas de atenção à saúde. E, para a Farmácia, isto é acentuado, deixando o farmacêutico fora das políticas públicas de saúde. “Parece-nos impostergável assegurar a área de formação, então, não mais um lugar secundário ou de retaguarda, mas um lugar central, finalístico: as políticas de saúde”, acredita.

EVENTO – O VIII Encontro Nacional de Coordenadores de Cursos de Farmácia termina na sexta-feira (19). O primeiro dia teve apresentação da professora Zilamar Fernandes, representante do Conselho Federal de Farmácia no Ministério da Educação. A docente expôs o contexto educacional brasileiro e seus problemas operacionais. A representante da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Ministério da Saúde, Evellin Bezerra, mostrou o panorama da formação farmacêutica, sugerindo ações estratégicas para que sejam promovidos melhoramentos. Outra abordagem ficou a cargo da professora Danyelle Cristine Marini, integrante da Comensino. Ela falou sobre “Indicadores quantitativos da educação farmacêutica”.

À tarde, os debates continuaram com o tema: sistema nacional de gestão da assistência farmacêutica, coordenado pelo professor Luiz Henrique Costa, coordenador de Assistência Farmacêutica de Medicamentos Estratégicos do Ministério da Saúde.

Fonte: CFF

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