16 maio Sespa garante medicamentos para pacientes com fibrose cística
Portadores de fibrose cística atendidos no Hospital Universitário João de Barros Barreto, referência no Estado para tratamento da doença, estão recebendo regularmente os medicamentos necessários, fornecidos pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), que vem trabalhando para atender as demandas dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Uma das iniciativas da Secretaria é ampliar as ações, para garantir todos os medicamentos, principalmente os de alto custo.
Segundo a secretária adjunta de Saúde Pública, Heloísa Guimarães, o governo do Pará está fortalecendo a política estadual de medicamentos, a fim de melhorar a assistência e assegurar o acesso da população aos remédios.
Mara Caldas, presidente em exercício da Associação Paraense de Assistência à Mucoviscidose (Aspam), mãe de duas crianças portadoras da doença, disse que o Estado tem dado atenção às necessidades dos medicamentos, auxiliando na coleta do exame nasofaringe, por meio do Laboratório Central do Estado (Lacen). Percebemos a boa vontade por parte da Sespa, que tem nos acolhido sempre que necessário. Isso mostra o compromisso da atual gestão em prestar assistência aos portadores de mucoviscidose do Pará, afirmou.
Em 2012, o Pará entrou na lista dos seis Estados brasileiros habilitados para fazer a terceira fase do exame do teste do pezinho, que inclui o diagnóstico precoce da fibrose cística. A doença provoca uma desordem genética (autossômica recessiva) caracterizada por infecções crônicas das vias aéreas, que levam ao desenvolvimento de insuficiência pancreática exócrina (pancreatite crônica) e disfunções intestinais, além de anormalidades das glândulas sudoríparas. O diagnóstico pode aumentar a sobrevida do paciente.
Exame – Segundo a coordenadora Estadual de Saúde da Criança, Ana Cristina Guzzo, o diagnóstico precoce da fibrose cística facilita o tratamento e a melhora do paciente desde cedo. Ela destacou a importância do exame em tempo útil de três a cinco dias. Além disso, é necessária a confirmação também com o teste do suor, que será realizado para os casos com testes alterados, reiterou.
De acordo com a coordenadora, estima-se que para cada 100 mil habitantes nascidos vivos, uma criança será diagnosticada com a doença. Isso significa que no Pará teremos em média 14 crianças diagnosticadas ao ano, completou.
O tratamento da fibrose cística deve ser multidisciplinar, envolvendo uma equipe médica composta por enfermeiras, fisioterapeutas, nutricionistas e assistentes sociais. Tem como objetivo o controle e tratamento das infecções respiratórias com antibióticos, o alívio da obstrução brônquica com a fisioterapia respiratória, o tratamento da insuficiência pancreática com a reposição de enzimas, a correção do déficit nutricional, com dieta hiperproteica e hipercalórica, além da suplementação das vitaminas A, D e E.
Fonte: Agência Pará
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