16 jan Pioneiro na área fala sobre importância da atuação do farmacêutico em hospitais
Para comemorar o Dia do Farmacêutico, em 20 de janeiro, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) preparou uma série de matérias com abordagens sobre as dez linhas de atuação profissional, que englobam mais de 130 especialidades, definidas pela Resolução nº 572/2013.
Uma dessas linhas de atuação é a Farmácia Hospitalar e Clínica. Para falar sobre ela, convidamos o conselheiro federal de Farmácia pelo estado do Rio Grande do Sul, Josué Schostack. Um dos primeiros farmacêuticos hospitalares do Brasil, ele é sócio fundador da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (Sbrafh) e coordenador do Grupo de Trabalho sobre Farmácia Hospitalar do CFF. “Hospitais com farmacêuticos clínicos reduziram seus custos com medicamentos e produtos para saúde”, afirma Schostack
Qual a importância da atuação do farmacêutico nos hospitais?
A atuação do farmacêutico hospitalar é sinônimo de qualidade de atendimento ao paciente hospitalizado ou em consulta ambulatorial. O farmacêutico hospitalar é responsável pela aquisição, armazenamento e a distribuição de medicamentos e produtos para saúde, sendo o seu trabalho, fundamental à recuperação ou tratamento do paciente. A garantia da qualidade de medicamentos e produtos para saúde, bem como a dispensação destes ao paciente, também faz parte da atividade farmacêutica nos hospitais.
Como o profissional pode fazer a diferença no atendimento aos pacientes?
Com advento da Lei nº 13.021/14 e das resoluções nº 585/2013 e nº 586/2013, do Conselho Federal de Farmácia, foi garantido ao profissional farmacêutico a intervenção no atendimento aos pacientes hospitalares e ambulatoriais. Esta saída do farmacêutico do ambiente exclusivo da farmácia hospitalar, e sua presença junto ao paciente, assegurada pela legislação federal, faculta a prática da Farmácia Clínica e proporciona o uso seguro e racional do medicamento ao paciente hospitalizado. Sua presença em todas os setores do hospital garante o apoio e conferência da prescrição médica, a chegada do medicamento ao paciente, o aconselhamento farmacêutico em consulta ou alta hospitalar, garantindo a eficácia dos tratamentos, bem como a racionalidade dos custos para a administração hospitalar nos quesitos medicamentos e produtos para saúde.
Hospitais com farmacêuticos clínicos, imposição da Joint Comission Internacional e Organizações de Acreditação Hospitalares Brasileiras, reduziram seus custos com medicamentos e produtos para saúde em quase 30%. Além disso, a atuação do farmacêutico hospitalar junto ao leito do paciente ajuda a reduzir erros de medicação, evitando mortes pelo uso indevido de medicamentos e produtos para saúde, na ação da prescrição médica, dispensação e administração de medicamentos.
Qual o perfil o profissional precisa ter para atuar na farmácia hospitalar?
Para garantir uma qualidade de assistência ao paciente, além de conhecimento técnico-científico, o farmacêutico que deseja atuar em instituições hospitalares e de saúde deve possuir conhecimentos básicos de administração, capacidade para liderança, habilidade para coordenação e uso das ferramentas da qualidade total, incluindo competências para implantação da Farmácia Clínica, bem como para a atuação em programas de assistência e atenção farmacêutica. Deve ainda, ter visão de assistência multiprofissional e capacidade para o trabalho integrado em equipe de saúde; habilidades de comunicação e buscar atualizar-se permanentemente. Hospitais buscam farmacêuticos pró-ativos e responsáveis com a saúde pública.
Fonte: CFF
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