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Novo anticorpo reduz carga de HIV em pacientes por 28 dias

Novo anticorpo reduz carga de HIV em pacientes por 28 dias

Com um potente anticorpo específico para o HIV, um grupo internacional de cientistas, com participação brasileira, conseguiu diminuir a carga do vírus da aids em pacientes por 28 dias. O estudo, que descreve um teste clínico de pequenas proporções, foi publicado ontem na revista Nature. Os pesquisadores brasileiros Julio Lorenzi e Lilian Nogueira, da Universidade Rockefeller (Estados Unidos), estão entre os autores do trabalho.

A imunoterapia do HIV ­ na qual os pacientes são inoculados com anticorpos que lutam contra o vírus ­ mostrou­se no passado pouco eficaz em testes pré­clínicos e clínicos. No entanto, uma nova geração de anticorpos neutralizantes do HIV, mais potentes e abrangentes, tem mostrado que podem impedir a infecção e suprimir o vírus em estudos com camundongos e primatas não humanos. Seu potencial para a imunoterapia de HIV em humanos, porém, ainda não foi avaliada.

O novo estudo, coordenado por Michel Nussenzweig, da Universidade Rockefeller, mostra que o anticorpo 3BNC117 se mostrou seguro e bem tolerado em doses experimentais, em um teste clínico de fase 1, em 12 indivíduos não infectados e 17 indivíduos infectados pelo HIV. De acordo com os autores, o anticorpo reduziu a carga do vírus no sangue dos pacientes por 28 dias.

Cautela. Segundo os autores do novo estudo, o 3BNC117 é seguro e pode suprimir o HIV em humanos. No entanto, eles recomendam cautela, pois o tratamento feito exclusivamente com o anticorpo é insuficiente para controlar a infecção. Para o controle viral completo, seriam necessárias combinações de anticorpos e drogas e anticorpos com anticorpos.

Mas os cientistas concluem que a imunoterapia mediada por anticorpos ­ que, ao contrário das drogas disponíveis atualmente coloca em ação diretamente o sistema imunológico do hospedeiro ­ poderia ser no futuro explorada como abordagem para a prevenção, terapia e cura da infecção por HIV.

De acordo com um dos autores, Vincent Piguet, da Universidade de Cardiff (Reino Unido), foi o primeiro passo. “Os resultados são uma boa notícia, mas ainda levará alguns anos para que possamos desenvolver completamente um anticorpo capaz de tratar o HIV.”

Fonte: ESTADÃO

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