26 mar Farmácia universitária torna-se obrigatória para graduação
Pensando na preparação de futuros profissionais da área da saúde, entre os quais, os farmacêuticos, a Diretoria Nacional de Avaliação da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou, no dia 4 de março, a Nota Técnica DAES/INEP nº 008/2015. Entre as principais mudanças anunciadas no Instrumento de Avaliação dos Cursos de Graduação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), está a obrigatoriedade da estruturação da Farmácia Universitária para os cursos de Farmácia.
A partir da publicação da nota técnica, todos os cursos de Farmácia precisam, obrigatoriamente, preencher esse pré-requisito em sua infraestrutura. A medida foi comemorada pelos representantes do Conselho Federal de Farmácia (CFF), que tem defendido essa exigência como fundamental para a maior qualidade na formação dos novos farmacêuticos. A partir da publicação da nota técnica, iniciamos uma nova etapa da trajetória da formação farmacêutica. Com satisfação, vimos o MEC alinhar-se às aspirações do Conselho, comenta o professor William Peres, integrante da Comissão de Educação Farmacêutica (Caef) do CFF.
Para Zilamar Costa Fernandes, assessora da Presidência do CFF e também integrante da Caef, a medida é justa e necessária, especialmente diante das mudanças impostas com a publicação da Lei 13.021. Em vigor desde agosto do ano passado, a Lei transforma farmácias e drogarias em unidades de assistência farmacêutica e à saúde, ampliando a gama de serviços ofertados à população. Precisávamos adequar a formação dos farmacêuticos a essa nova realidade. Os egressos da graduação devem ser capazes de atender às expectativas da sociedade a partir da nova legislação, que reforça a atuação clínica do farmacêutico.
Na prática, as mudanças de indicadores realizadas nos Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação de Farmácia são o resultado da inserção da legislação profissional farmacêutica como referência para os avaliadores dos cursos in loco do Inep e da revisão de vários elementos nas diferentes dimensões de análise. A farmácia universitária passa a ser avaliada como um cenário de práticas e de estágios efetivos dos estudantes nas instituições superiores de ensino, de modo pleno e eficaz, e também como um laboratório didático especializado de ensino, pesquisa e extensão.
O presidente do CFF, Walter Jorge João, assinala que o Conselho tem se empenhado para resgatar a essência da Farmácia, que é o cuidado ao paciente. Como entidade que desencadeou o movimento de criação do Fórum Nacional de Luta pela Valorização da Profissão Farmacêutica, como uma das instituições que atuou na linha de frente da batalha pela aprovação da Lei 13.021/14, o CFF vê como necessária e urgente a adequação das farmácias-escolas. Os cursos de graduação devem isso à sociedade.
Walter Jorge João acrescenta que a reestruturação da farmácia-escola, transformada em farmácia universitária, consolida uma formação mais próxima da realidade. O ensino não pode estar dissociado da prática farmacêutica no mercado de trabalho, que hoje vivencia um movimento importante na direção da atuação clínica e do cuidado ao paciente. Essa reestruturação representa uma mudança muito importante nos indicadores de qualidade dos cursos de Farmácia, argumenta Walter Jorge João.
SAIBA MAIS – A obrigatoriedade da farmácia universitária para os cursos de graduação de Farmácia está descrita na página 10 da nota técnica. Para ler o documento na íntegra clique no link:
Fonte: Comunicação CFF
Nenhum comentário