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EUA recomendam pílula anti-HIV para heterossexuais em risco

EUA recomendam pílula anti-HIV para heterossexuais em risco

Autoridades de saúde dos EUA afirmaram nesta quinta (9) que os médicos deveriam considerar prescrever medicamentos para a prevenção da infecção do HIV a mulheres e homens heterossexuais com maior risco de contrair o vírus.

Em julho deste ano a Vigilância Sanitária dos EUA aprovou a venda do Truvada como medida preventiva para pessoas saudáveis com alto risco de contrair o HIV. O governo norte-americano aconselhou médicos a dar uma dose diária do remédio Truvada para homossexuais com alto risco e homens bissexuais. No entanto, os heterossexuais representam mais de um quarto dos novos casos de HIV por ano.

“Essa não é uma parcela da epidemia que queremos ignorar”, disse Dawn Smith, médico do CDC (Centers for Disease Control and Prevention) e principal autor da nova recomendação.

O Truvada é vendido desde 2004 para tratar pessoas que já têm o HIV. Alguns estudos, porém, mostraram que ele poderia ajudar a prevenir infecções entre homens gays e bissexuais, e autoridades de saúde dos EUA disseram que a droga poderia ser usada de modo preventivo para homens de alto risco. Desde então, outros estudos concluíram que o remédio também pode prevenir o vírus em mulheres e homens heterossexuais.

É bom frisar que o CDC não está recomendando a pílula para todos os heterossexuais sexualmente ativos. Entre os casais em que uma pessoa tem HIV, o uso regular de preservativo é eficaz para proteção. Smith disse, porém, que a pílula seria uma boa opção para casais que querem ter um filho.

GONORREIA

O CDC também divulgou novas recomendações para o tratamento de gonorreia.

Preocupados com a gonorreia resistente ao tratamento, agentes de saúde afirmam que, quando possível, médicos devem parar de usar o antibiótico comumente usado para tratar essa doença sexualmente transmissível -a pílula cifixima, que pertence a última classe de drogas eficazes contra gonorreia.

A outra droga recomendada restante que poderia ser usada no lugar é a ceftriaxona. Essa última ainda é eficaz em muitos casos.

Fonte: Folha de S. Paulo

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