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Epidemia de dengue é a maior da história

Epidemia de dengue é a maior da história

O Ministério da Saúde divulgou ontem o 13° boletim epidemiológico com os números de casos suspeitos, confirmados e óbitos causados pelas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Os dados coletados de 1º de março até 2 de abril indicam aumento de 62% nos casos de dengue em relação a 2015. Para a febre chikungunya, há 38.332 notificações. Em relação à zika, 91.387 casos foram registrados desde abril de 2015. É a primeira vez que o documento traz uma notificação universal do vírus zika no país.

Em 2015, considerada até agora a maior epidemia de dengue do país, com mais de 1 milhão de notificações, foram registrados cerca de 700 mil casos no mesmo período. Neste ano, houve um aumento de 62%, cerca 800 mil notificações. Apesar do crescimento, o número de mortes e casos confirmados é menor. E embora a Região Sudeste ainda lidere o ranking, Minas Gerais superou São Paulo. São 463.807 ou 57.8%, em toda a região. Em contrapartida, a Norte mantém o menor índice, 28 mil casos.

De acordo com o ministério, houve uma redução de 67% no número de mortes — caiu de 693 para 140. Entretanto, o diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, afirmou que “pode parecer uma boa notícia, mas ainda é cedo demais para se falar nisso”. Segundo o diretor, cerca de 300 outras pessoas morreram com suspeita de dengue, mas a confirmação laboratorial ainda não veio. “É necessário testes nas vísceras, e muitos laboratórios não fazem”. Isso significa que o número pode aumentar.

Gestantes

Em relação ao vírus zika, foram notificados 91.387 casos distribuídos em 1.359 municípios. Desse número, 31.616 foram confirmados. O Rio de Janeiro tem 35 mil casos notificados. Em relação à incidência em gestantes, cerca de 7.500 casos são prováveis, enquanto 2.844 foram confirmados por detecção de sintomas ou testes laboratoriais. O restante ainda está em investigação. Três óbitos de adultos foram registrados, um no Maranhão, outro no Pará e o terceiro no Rio Grande do Norte. O informe traz os números de zika desde abril de 2015, quando os primeiros casos foram notificados. Os óbitos de recém-nascidos, natimortos, abortamentos ou fetos que tenham associação com a microcefalia causada pelo vírus zika, são apresentados em outro informe.

Foram notificados 39 mil casos possíveis de febre chicungunha. Desses, 6.159 foram confirmados. Testes comprovaram que 15 pessoas morreram no Nordeste em função do vírus. Bahia tem o índice mais alto, são 13.836 casos até agora. Há ocorrência da febre em 1.126 municípios.

Fonte: Correio Braziliense

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