13 mar Ministério da Saúde diz que farmacêuticos têm prioridade na vacinação, não importando o local de trabalho
Diante da manifestação, que também inclui estudantes de Farmácia em estágio, o CFF e o CRF-PA enviaram ofício ao MPPA e à SESPA reforçando o pedido de vacinação da categoria e acadêmicos
Não há mais margem para dúvidas! Farmacêuticos e demais trabalhadores das farmácias, drogarias e de laboratórios têm prioridade na imunização contra a Covid-19. O Ministério da Saúde (MS) acaba de emitir ofício às Coordenações Estaduais de Imunizações, reiterando as orientações técnicas sobre a vacinação do grupo prioritário dos Trabalhadores da Saúde na Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19. No documento, além de evidenciar a inclusão dos farmacêuticos desses estabelecimentos, o Ministério da Saúde agrega acadêmicos em saúde e estudantes da área técnica em saúde em estágio hospitalar, atenção básica, clínicas e laboratórios na prioridade.
O ofício foi expedido pela Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis e a Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações em função das dúvidas geradas pelo primeiro comunicado do órgão. Esse maior detalhamento deve evitar que os farmacêutico e estudantes de farmácia sejam preteridos na vacinação pelos estados, responsáveis pela distribuição das doses, e municípios, encarregados de realizar a vacinação. “O problema foi relatado na última reunião plenária do Conselho Federal de Farmácia (CFF) e o conselho vinha cobrando providências tanto dos gestores federais, quanto das demais instâncias. É um avanço importante”, comentou o presidente do CFF, Walter da Silva Jorge João.
Imediatamente após a notícia, o presidente do CFF, junto com o presidente da Diretoria Interventora Provisória (DIP) do Conselho Regional de Farmácia do Pará, Romeu Neto, providenciaram ofício ao Ministério Público Estadual e à Secretaria de Estado da Saúde Pública do Pará (Sespa), solicitando que os órgãos intervenham no sentido de que todas as prefeituras do Estado cumpram o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. Leia o ofício AQUI.
“Desde que assumiu, a DIP tem encaminhado à Promotoria, denúncias de casos de farmacêuticos que estão na linha de frente e receberam negativas na campanha da vacinação”, observou Romeu Neto. “Com essa manifestação do Ministério da Saúde, ganhamos força na nossa tarefa de garantir a imunização para todos”, comentou Walter Jorge João, que estenderá essa medida às autoridades competentes de outros estados, considerando que o CFF tem recebido queixas de que o problema se repete em praticamente todas as unidades da federação, com maior ou menor intensidade.
“A categoria farmacêutica do Pará e dos demais estados, bem como os trabalhadores que apoiam esses farmacêuticos em seus postos de trabalho, estão expostos a alto risco de contágio e várias foram as perdas já registradas aqui e em todo o país”, argumentou Walter Jorge João.
A preocupação, agora, será com a disponibilidade de doses de vacinas, que estão escassas, dificultando a imunização. No próprio ofício em que recomenda a vacinação de todos os trabalhadores da linha de frente, o Ministério da Saúde estratifica as prioridades. No documento, o órgão recomenda a seguinte ordem para vacinação dos trabalhadores da saúde de acordo com disponibilidade de doses, sendo facultado a Estados e Municípios a capacidade em adequar a priorização a partir da realidade local:
• Equipes de vacinação que estiverem inicialmente envolvidas na vacinação dos grupos
• Elencados para as 6 milhões de doses;
• Trabalhadores das Instituições de Longa Permanência de Idosos e de Residências Inclusivas (Serviço de Acolhimento Institucional em Residência Inclusiva para jovens e adultos com deficiência);
• Trabalhadores dos serviços de saúde públicos e privados, tanto da urgência quanto da atenção básica, envolvidos diretamente na atenção/referência para os casos suspeitos e confirmados de covid-19;
• Demais trabalhadores de saúde.
O presidente do CFF destaca que o conselho continuará empenhado em cobrar dos órgãos competentes o provimento das doses de vacina suficientes para a imunização de todos os trabalhadores da saúde, especialmente dos farmacêuticos e demais trabalhadores das farmácias e laboratórios de análises clínicas. “É urgente também a ampliação da vacinação da população, sem a qual não venceremos a pandemia.”
Farmacêutico ou trabalhador da farmácia, drogaria ou laboratório, CLIQUE AQUI e baixe o ofício do Ministério da Saúde para apresentar no posto de vacinação, caso tenha dificuldade de acesso à vacina.
Nenhum comentário