18 set Seminário aborda nova resolução de vigilância sanitária
Representantes da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estiveram reunidos nesta terça-feira, 16, em Belém, em um seminário que se propôs a discutir a Resolução da Diretoria Colegiada nº 49, da Anvisa, publicada em novembro de 2013, para racionalizar, simplificar e padronizar procedimentos e requisitos de regularização do microempreendedor individual (MEI), do agricultor familiar e do empreendimento da economia solidária junto ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS).
A ideia é adequar as normas de vigilância sanitária à realidade dos empresários de pequenos negócios – simplificar e padronizar procedimentos e requisitos de regularização junto ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. O foco está no microempreendedor individual (MEI), na agricultura familiar, pequeno produtor rural, nas associações e cooperativas (economia solidária).
Os principais objetivos são orientar o pequeno produtor ou empreendedor a produzir e/ou trabalhar de forma correta, dentro das exigências da vigilância sanitária, para evitar riscos à saúde da população e incentivar a formalização de maneira efetiva, garantindo não só o registro, como condições para que possam crescer.
O secretário de Estado de Saúde, Helio Franco, participou da abertura das discussões e destacou a iniciativa em prol da inclusão produtiva, a partir da atuação de órgãos públicos, como a Sespa, no sentido de colaborar no que for preciso, sobretudo na prestação de treinamentos para assegurar a correta manipulação de alimentos e, consequentemente, a prestação de serviços que refletirá positivamente na economia, em função da geração de renda para mais pessoas.
Além do titular da Sespa, participaram da abertura a coordenadora estadual da Vigilância Sanitária, Thelma Araújo; a chefe da Assessoria de Articulação e Relações Institucionais da Anvisa – Asrel, Rosilene Mendes, e o representante do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional), Roberto Postiglione.
O público alvo são técnicos da Divisão de Controle de Alimentos (DCQA) do Departamento de Vigilância Sanitária da Sespa; representantes dos 13 Centros Regionais de Saúde e das Vigilâncias Sanitárias de 15 municípios com mais de 100 mil habitantes, além de técnicos da Adepará, Emater, Sagri, Jucepa e Sebrae Regional.
Na ocasião, também houve o lançamento da Cartilha da Anvisa sobre a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 49/2013, que normatiza o trabalho de Inclusão Produtiva com Segurança Sanitária. O livreto traz texto comentado sobre as dúvidas mais comuns referentes à formalização dos empreendedores.
Vale ressaltar que essa regulação se apoia na visão de que o Micro Empreendedor Individual (MEI) e o pequeno produtor não podem ser tratados da mesma forma que o grande empresário, sendo necessário um olhar diferenciado, sem perder o ponto de vista da segurança sanitária, explicou em palestra a representante da Anvisa, Rosilene Mendes, ao lembrar que o seminário acompanha a fase atual dos trabalhos do órgão, que é ir aos Estados e capacitar vigilâncias sanitárias e os pequenos empresários sobre a resolução.
Segundo Rosilene, existem hoje no Brasil 3,5 milhões de micro empreendedores individuais formalizados e 10 milhões de informais que poderiam gerar R$ 600 bilhões ao ano. Outra informação relevante é de que 68%, dos 19,9 mil pequenos produtores rurais da economia solidária, têm dificuldades na comercialização de seus produtos e serviços.
O Brasil tem quatro milhões de agricultores cadastrados no MDA DAP (declaração de aptidão ao Pronaf). Das 863,924 mil agroindústrias, 480,8 mil são de agricultores familiares. Cerca de 350 mil agroindústrias rurais comercializam a produção, gerando em média 127 bilhões ao ano. Destas 83,6% estariam no mercado informal. Toda essa força de trabalho precisa estar formalizada e produzir produtos e serviços seguros, declarou a titular da Asrael. Os trabalhos do seminário prosseguem nesta quarta-feira, 17, no Instituto de Estudos Superiores da Amazônia (Iesam), terceiro piso, bloco D, sala D307.
Fonte: Agência Pará
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