17 mar Transmissão de HIV entre lésbicas é reportada
O primeiro caso confirmado de transmissão de HIV entre lésbicas foi anunciado anteontem pelos CDCs (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA).
O órgão disse que o evento é extremamente raro, mas recomendou que casais em que uma das mulheres tenha HIV tomem precauções.
Testes genéticos mostraram que o vírus nas duas mulheres era mais de 98% idêntico, o que provava que uma tinha infectado a outra.
Em outros estudos de mulheres que pensavam que tinham sido infectadas por suas parceiras, exames não tinham sido feitos ou as pacientes recém-infectadas reportaram outras atividades que poderiam ter sido a causa da infecção, como transfusão de sangue ou uso de drogas injetáveis.
As mulheres do novo caso têm cerca de 40 anos e morava na cidade de Houston, no Texas, quando a transmissão ocorreu, em 2012. A parceira que foi infectada esteve em tratamento contra o HIV de 2009 a 2010, mas parou de usar os remédios. As mulheres afirmaram que tiveram relações sexuais enquanto estavam menstruadas e usaram brinquedos eróticos, às vezes de forma mais agressiva, o que provocava sangramento.
A parceira que foi infectada afirmou que não teve outros parceiros sexuais nos seis meses anteriores à infecção. Um teste para HIV que fez em março de 2012 tinha dado negativo. Exames que medem os anticorpos podem ter um período de janela, geralmente de um a três meses, durante o qual uma pessoa infectada pode ter um resultado negativo porque os anticorpos contra o vírus ainda não foram formados.
Dez dias depois, ela foi internada em um hospital com sintomas similares aos da gripe que indicavam uma infecção recente pelo HIV. Um novo teste deu negativo. Quase 20 dias depois, ao fazer uma doação de plasma, o resultado foi positivo.
O uso de filme plástico em relações sexuais sem penetração peniana é recomendado, mas impopular. Em um editorial, os CDCs aconselharam que todas as pessoas infectadas que tenham relações sexuais com parceiros sem o HIV usem antirretrovirais, que podem reduzir os níveis do vírus no sangue e a chance de transmissão.
Fonte: Folha de S. Paulo
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