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Remédio sob risco de proibição

Remédio sob risco de proibição

Foi em busca da perda rápida de peso que a economista Amanda Alves (nome fictício) começou a ingerir sibutramina sem prescrição médica. Porém, a vontade de perder alguns quilos para curtir as férias de verão lhe trouxe consequências graves. “Eu tive aceleração cardíaca, baixa de pressão e dois desmaios”, lembra.

 

Em busca de evitar que mais pessoas passem pelos mesmos problemas que Amanda, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discute a proibição do uso da substância. O assunto ainda não tem parecer definitivo, mas há indícios de que a Agência decida retirar a droga do mercado.

 

De acordo com uma nota divulgada no site da Anvisa, o parecer técnico da agência prevê que os riscos da utilização da sibutramina superam os benefícios causados por ela. Dentre as reações destacadas pela equipe técnica para justificar a recomendação de proibição do uso da droga estão a elevação da pressão arterial, arritmias, acidente vascular cerebral hemorrágico, convulsões e depressão.

 

Os riscos não são negados pelo endocrinologista e membro da regional Pará da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), José Américo Jr. Porém, ele acredita que, se utilizada de forma adequada, a substância pode ser benéfica para muitos pacientes. “A Sbem é contra a proibição. O que acontece é que essas substâncias estavam sendo usadas de maneira indiscriminada.”

 

A experiência vivida por Amanda é um exemplo da afirmação do médico. Sem orientação médica, ela começou a ingerir a substância aos 19 anos por influência de amigos.

Durante cinco anos, ela, que nunca foi obesa, tomou o remédio com pausa a cada seis meses. “Para mim se tornou um risco porque eu fazia o uso indiscriminado”, reflete. “Eu cheguei a perder 7 quilos em 15 dias.”

 

CONSCIÊNCIA

 

Após ter que fazer tratamento para se recuperar dos problemas de saúde causados pela substância, ela afirma estar mais consciente da real destinação do remédio e não o considera perigoso. “O que precisa é a conscientização das pessoas de que a sibutramina é destinada para obesos. Eu não acredito que ela seja perigosa se houver acompanhamento médico.”

É por isso que José Américo defende maior rigor para a venda do medicamento, mas não a sua eliminação do mercado. Segundo ele, a sibutramina é um facilitador do tratamento para a obesidade, e não o elemento principal.

 

“Muitas pessoas se beneficiam com essas medicações que ajudam no tratamento da obesidade e, se a droga for proibida, essas pessoas podem ficar prejudicadas”, afirma. “O melhor seria controlar a prescrição e não retirar do mercado.”

 

Fonte: Diário do Pará

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