19 maio Remédio em falta preocupa pacientes com esclerose no sistema motor
A falta do remédio Riluzol no Pará preocupa pacientes de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença que afeta o sistema nervoso e degenera o sistema motor em vários níveis. A enfermidade não tem cura, mas pode ser retardada pelo medicamento fornecido aos governos estaduais pelo Ministério da Saúde. Marinaldo Domingues de Almeida, 63 anos, é cadastrado e recebe o remédio todos os meses. Ele mora em Marabá e veio ontem (18.05) a Belém, com a esposa Lucimar Souza. Na farmácia do hospital Ophir Loyola foram informados de que o Riluzol está em falta e não há previsão de reabastecimento.
O remédio não é vendido em farmácias porque é muito caro, em torno de R$ 4 mil. Segundo Rita Kanai, cunhada de Marinaldo, o prazo dado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) para receber o remédio vai de 14 a 24 de cada mês. “Já estamos no dia 18 e eles dizem que não há previsão. E não é a primeira vez que isso acontece, em março também atrasou. Estamos muito preocupados, pois ele não pode parar o tratamento”, desabafa Rita.
Marinaldo tem comprimidos para mais cinco dias. A esposa, Lucimar, apela por uma resolução rápida ao problema. “Se o paciente parar de tomar o remédio, os sintomas evoluem mais rápido”, afirma, preocupada. Marinaldo já perdeu a fala, enfrenta dificuldades de locomoção, comprometimento parcial dos movimentos do lado direito, entre outros sintomas. “Vamos ficar até domingo em Belém e esperamos que os órgãos competentes resolvam este problema”, apelou a esposa do paciente.
Em nota, o Departamento de Assistência Farmacêutica da Sespa informou que solicitou uma compra emergencial do medicamento Riluzol, que está em fase de empenho, mas não há como informar a previsão da entrega. Segundo a nota, também está sendo providenciada compra maior para abastecimento de 12 meses.
Fonte: O Liberal
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