20 jun Nova farmacêutica planeja remédios contra câncer e doenças autoimunes
A Bionovis, nova joint venture formada por Aché, EMS, Hypermarcas e União Química, prepara o lançamento de remédios para câncer e doenças autoimunes.
A farmacêutica guarda sigilo dos medicamentos que colocará no mercado, mas a coluna apurou que entre os primeiros projetos está a molécula Rituximab, produto conhecido como Mabthera, indicado para câncer. Outro plano é a fabricação de Etanercept, ou Enbrel, para autoimunes.” Esses são produtos que certamente estarão no nosso portfólio”, afirma Odnir Finotti, presidente da Bionovis.
A molécula Infliximab, do produto Remicade, também para autoimunes, deve entrar em produção na sequência. Ainda contra câncer, a Trastuzumab, ou Herceptin, está no planejamento estratégico da nova companhia. Além desses quatro produtos, outros três remédios serão desenvolvidos.
“Índia, China e Coreia do Sul já têm. Isso vai fortalecer a indústria nacional. Esses são produtos que hoje pesam na balança comercial do setor no Brasil”, diz Finotti, que voltou de uma viagem pelo Oriente para visitar fábricas.
A empresa foi criada para produzir remédios biotecnológicos, fabricados a partir de células vivas, mercado ainda pouco explorado por empresas brasileiras. A companhia deve começar com a produção de biossimilares, baseados em medicamentos já existentes, de patentes expiradas. Haverá também investimento em novos remédios desenvolvidos do zero.
REPATRIAÇÃO
Para criar um instituto de biotecnologia farmacêutica, a Bionovis quer investir em mão de obra qualificada e trazer profissionais do exterior.
“Já começamos a buscar profissionais estrangeiros e brasileiros que estejam dispostos a voltar para atuar nesse processo de inovação. O Brasil precisa dominar essa tecnologia”, afirma Odnir Finotti, presidente da nova companhia.
O escritório da empresa será aberto em julho, em Alphaville. A localização da fábrica ainda está em estudos. São Paulo, Rio e Santa Catarina são algumas opções. “Os governadores que já leram sobre esses projetos demonstraram interesse.”
Fonte: Folha de S. Paulo
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