11 jul Medicamentos exercem principal impacto na inflação do semestre
Itens cujos preços são monitorados, como medicamentos, taxa de água e esgoto, tarifa de ônibus e planos de saúde, foram os principais responsáveis pela alta da inflação no primeiro semestre deste ano, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os medicamentos, em particular, tiveram o maior impacto. Os produtos farmacêuticos, grupo onde estão os remédios, foram reajustados em 11,23% no período e foram responsáveis por 0,36 ponto percentual (ou 8%) de uma inflação acumulada pelo IPCA de 4,42%. No mesmo período de 2015, o reajuste do período foi menor, de 6,03%.
Outra taxa que, na média do país, teve alta maior que no ano passado foi a de água e esgoto, que subiu 17,56%, ante 8,72% no primeiro semestre de 2015. Esse item sozinho adicionou mais 0,25 ponto percentual ao IPCA do período.
O reajuste das tarifas de ônibus urbano correspondeu a 9,32% neste ano, ante 12,69% em 2015, mas ainda assim teve o terceiro maior peso na inflação do primeiro semestre de 2016, de 0,24 ponto. É quase o mesmo impacto causado pelo reajuste dos planos de saúde (0,22 ponto), que subiram 6,53% em 2016, ante 4,71% em 2015.
A inflação dos itens monitorados tem arrefecido desde a forte alta do ano passado provocada pela energia elétrica, mas ainda assim esses preços seguem acima do IPCA. Em 12 meses até junho de 2015, eles acumulavam alta ao redor de 16%, taxa que diminuiu para 9,92% em junho deste calendário, um valor ainda acima do IPCA em 12 meses, de 8,84%.
O feijão carioca e o leite longa vida, grandes responsáveis pela alta da inflação de junho, tiveram altas acumuladas de 89,26% e de 26,7% no primeiro semestre deste ano, ante 20,22% e 6,65% em 2015. Foram responsáveis por adicionar, respectivamente, 0,19 e 0,24 ponto ao IPCA do primeiro semestre.
Fonte: Valor Econômico / Site
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