17 abr Farmacêuticos paralisam atividades por valorização profissional
Durante a manhã de ontem (16.04), centenas de farmacêuticos e estudantes de farmácia tomaram as ruas de Belém em reivindicação à valorização profissional, que destaca a adequação do piso salarial e a redução da carga horária de trabalho. Os manifestantes iniciaram passeata na Av. Doca de Souza Franco e caminharam até o prédio da Federação do Comércio, localizado na Av. Assis de Vasconcelos, onde funciona a sede do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos no Estado do Pará (Sincofarma).
Farmacêuticos lutam pela adequação do piso salarial e redução da carga horária de trabalho |
De acordo com César Gomes, presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de Belém (Sinfar), a greve foi iniciada pela manhã, mas como as empresas resolveram sentar para negociar, a greve foi suspensa no período da tarde. No fim do dia, uma das empresas aceitou negociar e, em reunião com o Sinfar, foi montada uma agenda de negociação que irá se estender até a próxima terça-feira (24.04).
Ainda ontem, mais de 30 estabelecimentos foram multados pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado do Pará (CRF/PA), por conta da ausência de responsáveis técnicos, contrariando a Lei Federal Nº 5.991, de 17 de dezembro de 73, que torna obrigatória a presença do farmacêutico durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento. Em negociações anteriores, o Sinfar fechou acordo em duas grandes empresas, favorecendo os trabalhadores, que acataram as propostas e por isso não participaram do movimento grevista.
Cerca de 300 pessoas participaram da mobilização que contou com o apoio dos estudantes |
A pauta de reivindicação farmacêutica visa o ajustamento do piso salarial para R$ 2.452,50 por 6 horas de atividade, mais taxa de responsabilidade técnica e adicional para a função, além da redução da carga horária de trabalho de 44 para 36 horas, de segunda a sexta e escala de plantão aos domingos, uma vez que as folgas quinzenais, hoje estabelecidas, sobrecarregam o profissional, prejudicando a sua qualidade de vida.
O Sindicato dos Farmacêuticos tenta reunir hoje (17) com o presidente da Federação do Comércio em busca de sensibilizar o Sincofarma para abrir a negociação e por fim à greve. Isso porque algumas empresas não têm representação direta em Belém e, nesse caso, é preciso negociar com Sindicato do Comércio Varejista. “Caso as negociações que foram abertas não tiverem êxito, o Sinfar promete dar continuidade à greve”, afirma César Gomes.
Fonte: ASCOM CRF/PA
Fotos: Ricardo Amanajás
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