01 jun Farmacêuticos contra o tabagismo
Nos 13 anos em que está à frente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Dr. Jaldo de Souza Santos defende a farmácia focada no paciente e que seja um estabelecimento onde são oferecidas ações de prevenção, e não somente de combate a doenças. Como parte dessa política preventiva, o CFF leva aos farmacêuticos, neste Dia Mundial Sem Tabaco (31.05), a importância do seu papel como agente de orientação e conscientização dos efeitos nocivos do tabaco.
O farmacêutico é agente fundamental na prevenção dos males que afetam a sociedade. Uma dessas pragas é o tabaco, causador de várias doenças respiratórias e que, em casos mais graves, pode levar à morte. E o fumante não é o único prejudicado. Aqueles que estão à sua volta, inclusive crianças, conhecidos como fumantes passivos, também, sofrem com os efeitos provocados por centenas de substâncias nocivas que compõem o cigarro, disse o Presidente do CFF, Jaldo de Souza Santos.
MUNDO – O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável, em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população adulta, cerca de 1 bilhão e 200 milhões de pessoas, sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina, no mundo, fumam.
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu a cifra de 4,9 milhões de mortes anuais, em 2009, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. Caso as atuais tendências de consumo sejam mantidas, esses números aumentarão para 10 milhões de mortes anuais, em 2030.
BRASIL Uma pesquisa do Ministério da Saúde mostra que o Brasil avançou no controle do tabagismo. Entre 2006 e
Mesmo com a redução, o Presidente do CFF lembra que é importante mobilizar a sociedade em prol da saúde, prevenindo doenças, mortes, invalidez e a contaminação do meio ambiente. O farmacêutico pode e deve orientar a população sobre os males provocados pelo cigarro e esclarecer que diversos sintomas de várias doenças podem ser potencializados devido ao consumo de tabaco. A prevenção é um dever do farmacêutico, afirmou Souza Santos.
AMBIENTE – De acordo com informações do Inca, o ar poluído pela fumaça do cigarro contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono, e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que o ar não contaminado.
A absorção da fumaça do cigarro por aqueles que convivem com fumantes, em ambientes fechados, aumenta em 30% o risco de câncer de pulmão e em 24% o risco de infarto do coração do que os não-fumantes que não se expõem. O convívio de crianças com fumantes provoca a maior frequência de resfriados e infecções de ouvido; e potencializa o risco de doenças respiratórias como pneumonia e bronquite.
Souza Santos lembra que a adoção, por todo o sistema de saúde brasileiro, de medidas preventivas, além do benefício à saúde, ainda podem gerar economia aos cofres públicos. Ao adotar políticas de prevenção e cuidado com a população, inserindo em seus serviços de saúde a assistência farmacêutica, Estados e Municípios podem contribuir para a redução dos custos decorrentes das doenças relacionadas ao tabaco que sobrecarregam todo o SUS, completou o Presidente do CFF.
Mais informações sobre o Dia Mundial sem Tabaco, no site: http://www1.inca.gov.br/tabagismo/
Fonte: CFF/Inca/Ministério da Saúde
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