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Farma.Doc de Maio – Dra. Gilmara Bastos

Dra. Gilmara Bastos é farmacêutica formada pela UFPA, com doutorado em Ciências Farmacêuticas pela Tohoku University (Japão), mestrado em neurociências pela UFPA e habilitação em bioquímica.

Recentemente, a Dra. Gilmara Bastos foi entrevistada para a reportagem do Globo Repórter que abordava ‘A farmácia da Natureza’. Na matéria, o destaque foi o curativo realizado com óleo de andiroba e desenvolvido pelo Instituto de Ciências Biológicas da UFPA, com a participação da Dra. Gilmara e outros pesquisadores.

A farmacêutica trabalha desde 2010 com cicatrização e plantas medicinais e, desde então, tem avaliado extrato e óleos de plantas em modelos in vivo e in vitro de cicatrização, assim como em modelos de lesões por úlcera de pressão.

Sua vontade de investigar avaliações farmacológicas e descobertas de novos fármacos veio de sua família, que tem a crença em plantas medicinais muito forte, além de seu pai também ser farmacêutico. “Essa junção me despertou a vontade de estudar plantas medicinais”, contou.

O Instituto de Ciências Biológicas da UFPA

Ao entrar na faculdade de farmácia, já tinha interesse em fazer pesquisa, depois de vários estágios em laboratórios de pesquisa, em 1999, a Dra. Gilmara entrou no Laboratório de Neuroquímica do ICB/UFPA.

Após seu doutorado em 2008, Dra. Gilmara sentiu a necessidade de montar seu laboratório para trabalhar com avaliações biológicas de plantas medicinais, e disse que está realizando seu objetivo aos poucos após o laboratório ser aprovado em concurso na UFPA.

Desenvolvimento do Curativo feito com Óleo de Andiroba

O projeto do adesivo de curativo produzido com óleo de andiroba é uma tese de doutorado de seu aluno em colaboração com os laboratórios de Biotecnologia e Química da UFPA.

A ideia surgiu em 2018, após observar a utilização de curativos para úlceras de pressão e a necessidade de um produto com menor custo. Em seguida, realizou o primeiro trabalho em cultura de células, e agora, juntamente com outros pesquisadores, está realizando os experimentos necessários.

Projetos para o futuro

Existem mais projetos sendo desenvolvidos em seu laboratório, com outras plantas em modelos de inflamação, cicatrização, analgesia, esquizofrenia, diabetes, etc. Exemplo disso é a planta Camapu, que também possui propriedades anti-inflamatórias da raiz e caule e que a Dra. Gilmara já descobriu ser capaz de produzir novos neurônios.

Tradicional entre os povos indígenas da região Norte, a Camapu possui substância capaz de fortalecer o sistema imunológico e elevar a capacidade de memória e raciocínio. Atualmente, a planta continua sendo estudada pelo ICB (Instituto de Ciências Biológicas) da UFPA para o combate a doenças do sistema nervoso central, como Alzheimer e Parkinson.

Essa pesquisa com certeza é mais um passo para a formação de um novo medicamento para o tratamento de doenças do sistema nervoso central. Além disso, outras pesquisas em plantas medicinais e avaliações farmacológicas continuam sendo realizadas, muitos projetos também serão desenvolvidos em colaboração com laboratórios de Engenharia, Química e Biotecnologia da UFPA e laboratório da UEPA.

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