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CFF em Cuba: uma voz pelo fortalecimento da profissão farmacêutica, na América do Sul

CFF em Cuba: uma voz pelo fortalecimento da profissão farmacêutica, na América do Sul

O Presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter Jorge João, cobrou mais empenho das federações farmacêuticas sul e centro-americanas na busca de solução para os problemas que afetam a profissão, nessas regiões. O pedido foi feito, durante pronunciamento que realizou na Assembleia Geral Ordinária da Fepafar (Federação Pan-americana de Farmácia), em Havana (Cuba), no dia 11 de maio de 2012.

Dr. Walter iniciou o seu pronunciamento, pedindo aos participantes da Assembleia que elaborem estratégias com vistas a levar o maior número de representações farmacêuticas aos próximos eventos da Fepafar, e que as demandas dos países sejam encaminhadas à FIP (Federação Farmacêutica Internacional).

O afastamento das entidades farmacêuticas, na última assembleia, mereceu um incisivo comentário do dirigente do Conselho Federal de Farmácia. Ele o atribuiu a uma possível “falta de atenção das federações profissionais aos problemas farmacêuticos dos países”.

Lembrou que a profissão, no Paraguai, experimenta um momento de enfraquecimento, com a desregulamentação, a fiscalização sanitária insatisfatória e a queda na quantidade e qualidade dos serviços de assistência farmacêutica, nas farmácias.

Walter Jorge disse que, em 2011, durante reunião da Fepafar, realizada, naquele País, lideranças farmacêuticas paraguaias clamaram por ajuda das muitas entidades regionais presentes, entre elas o Fórum Farmacêutico das Américas (o órgão é ligado à OPAS – Organização Pan-americana de Saúde/OMS), a Fefas e a Fepafar. “Mas somente a Fepafar manifestou-se, encaminhando uma carta ao Ministério da Saúde paraguaio, solicitando providências”, declarou.

Ele informou que, em outubro deste ano, participará, em Amsterdã, na Holanda, do Congresso da FIP. Walter Jorge aproveitou para conclamar os dirigentes das entidades profissionais dos países sul-americanos a levarem as suas demandas à Federação Internacional e a se unirem em torno de propostas de fortalecimento da Farmácia, na região.

NOTÍCIAS DO BRASIL – O Presidente do Conselho Federal de Farmácia levou aos seus pares, em Havana, informações que traduzem a luta do órgão por melhorias na saúde pública e pelo fortalecimento profissional. Citou o Projeto de Lei 668/11, que tramita na Câmara, e trata da profissão de auxiliar de farmácia.

O CFF enviou propostas aos parlamentares, solicitando que o texto da lei deixe claro que esse profissional não tem competência técnico-científica para assumir a responsabilidade técnica por uma farmácia, nem prestar orientações aos pacientes sobre o uso correto dos medicamentos. E que ele deve atuar como um auxiliar do farmacêutico e sob a direção deste. Propostas do CFF foram aceitas pelos parlamentares.

Outro exemplo de ação do CFF junto ao Legislativo federal citado por Walter Jorge relaciona-se à Medida Provisória (MP) 549-B, que isenta do pagamento do PIS/Pasep e Cofins 22 produtos destinados a pessoas com deficiência e que foi aprovada, no Senado, no dia 25 de abril de 2012.

A MP ganhou, na Câmara, quando tramitou naquela Casa, um aditivo (o artigo 8º) autorizando supermercados, armazéns, empórios e lojas de conveniência a venderem medicamentos isentos de prescrição. O diretor do CFF falou das gestões do órgão junto a senadores (a MP foi aprovada no Senado, de onde foi encaminhada à Presidência da República para sanção) e autoridades do Executivo, com vistas a sensibilizar a Presidenta Dilma Rousseff a vetar a matéria, entendendo que, do jeito que está, a MP irá gerar vários problemas de saúde na população.

Entre os problemas, Walter Jorge citou a indução à automedicação e ao uso irracional de medicamentos, o aumento dos casos de intoxicação medicamentosa; o aumento dos gastos dos cidadãos, que poderão ser estimulados a adquirir medicamentos, desnecessariamente, e a privação da população de acesso aos serviços farmacêuticos, vez que os supermercados e armazéns não irão contratar farmacêuticos para prestar assistência aos usuários de medicamentos, entre outros malefícios.

Dr. Walter Jorge encerrou o seu pronunciamento, pedindo que a FIP olhe, com ações políticas concretas, mais para todas as federações de países onde a profissão farmacêutica enfrenta dificuldades. E insistiu em que todas as entidades unam-se e dialoguem entre si. “Só assim, lograremos sucesso em nosso trabalho”, concluiu.

CURSOS – Paralelamente à assembleia, foi realizado o “Cubafarmácia 2012”, evento que discutiu temas, como a gestão de qualidade no ciclo de vida de biológicos na indústria biotecnológica cubana, boas práticas de manufatura para elaboração de mesclas citostáticas, fármaco-epidemiologia e segurança dos medicamentos, entre outros. Também foi realizado o curso “Atualização terapêutica em enfermidades cardiovasculares frequentes”.

Fonte: CFF

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