28 jan Sespa discute a organização da rede atenção às hepatites virais.
Representantes da Coordenação Estadual de Hepatites Virais, do Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen) e do Departamento Estadual de Assistência Farmacêutica participaram, no último dia 23, em Brasília, de uma reunião nacional para discutir a organização da rede de atenção às Hepatites Virais. O encontro teve como ponto de partida a organização do atendimento dos pacientes que usarão os Inibidores de Protease, novos medicamentos utilizados para o tratamento da hepatite crônica C. Os inibidores pertencem a uma classe de fármacos antirretrovirais, usados na terapia combinada para tratar infecções crônicas.
Também foram discutidos assuntos relacionados à política de incorporação dos Inibidores da protease no Sistema Único de Saúde (SUS), as estratégias de acesso ao tratamento para hepatite, além do diagnóstico e a sorologia da doença.
No Pará, a Fundação Santa Casa de Misericórdia ficará responsável pelo acompanhamento dos pacientes que estiverem dentro do protocolo da hepatite C. Eles receberão a medicação por meio do Centro de Referência Estadual para Diagnóstico e Tratamento das Doenças do Fígado, que atende pacientes adultos e pediátricos portadores de doenças do fígado.
O Centro foi criado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) a partir da portaria 1.457, publicada em 26 de outubro do ano passado pelo Diário Oficial do Estado (DOE). A estrutura está vinculada ao Programa Nacional para Prevenção e Controle das Hepatites Virais. Segundo a coordenadora estadual de Hepatites Virais, Cisalpina Cantão, o local oferece o acolhimento completo, com atendimento ambulatorial e procedimentos, como biopsia hepática, em parceria com o Lacen.
Este serviço é de suma importância para o monitoramento dos efeitos adversos relacionados principalmente ao tratamento feito com os inibidores de protease. Mediante as estratégias de cuidado integral continuado, e agora com esses novos medicamentos, a equipe multidisciplinar poderá assegurar melhor adesão ao tratamento contra a Hepatite C, explicou a coordenadora.
Segundo a coordenadora, o Estado está se empenhando para oferecer um serviço de alta qualidade por meio da rede de atenção, principalmente no que tange a assistência aos pacientes em caso de possíveis efeitos adversos causados pelo medicamento. Precisamos estar sempre preparados. Além de medicar, vamos acompanhar e monitorar diariamente esses pacientes, com uma retaguarda de internação, dermatologia e nutrição entre outros, completou Cisalpina. Os novos medicamentos estarão disponíveis para os portadores de hepatite C já no próximo mês.
Fonte: Agência Pará
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