07 ago Saúde: categoria pede que Prefeitura assine termo
Profissionais municipais da saúde, representantes do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) redigiriam um termo de compromisso, junto com o chefe de gabinete do prefeito, Oséas Silva Júnior, exigindo que a Prefeitura de Belém retire a ação judicial que presume multa de R$10 mil por dia. A categoria está reunida desde as 10h desta terça-feira (7), no Palácio Antônio Lemos, para que o documento seja analisado e possivelmente assinado.
Questões ligadas a melhorias urgentes de condições de trabalho, como aquisição de respiradores para as Unidades de Saúde, bebedouro para os usuários e manutenção dos aparelhos de refrigeração, compõe a lista de exigências, que contém também, reivindicações quanto às perdas salariais, como adicional de turno, abonos, implantação do Plano de Carreira, Cargos e Remuneração (PCCR) e instalação de mesa permanente de negociação coletiva. Eles exigem ainda que o documento seja homologado na Justiça.
Os profissionais da saúde se reúnem às 19h de hoje, na sede dos urbanitários, localizada na avenida Duque de Caxias, em Belém, para definir os rumos da greve.
GREVE
O Tribunal de Justiça do Estado já considerou a greve abusiva e fixou multa de R$10 mil ao dia, caso os trabalhadores não retornem ao trabalho. Fomos notificados somente nesta segunda-feira (6) sobre a decisão e o setor jurídico dos onze sindicatos envolvidos vai discutir a questão, informou o diretor. Por enquanto, a greve continua. A assembleia é que vai deliberar o rumo da greve, esclarece o diretor do sindicato.
HOSPITAIS
Enquanto isso, nos Pronto-Socorros do Guamá e da 14 de Março, a movimentação de pacientes era considerada dentro da normalidade pelos servidores. A maioria dos pacientes que procurou as unidades recebeu atendimento.
Segundo José Raiol, membro da Associação de Servidores da Saúde de Belém (Assesmub), os 30% dos atendimentos que a lei determina estavam sendo mantidos. Em alguns setores, inclusive, estamos mantendo 100% de atendimento, como no centro cirúrgico, de onde não podemos tirar nenhum servidor. Até mesmo os casos de pacientes que não são de risco estão entrando para serem analisados, afirmou.
DENÚNCIAS
A Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) também protocolou, ontem, uma representação contra a Prefeitura de Belém pedindo a instauração de um inquérito policial que apure as condições do PSM. Entre as denúncias que motivaram a representação está o óbito de crianças por conta da ausência de UTI pediátrica na unidade, além do não funcionamento do tomógrafo e da falta de condições de trabalho.
No texto, a entidade cita: entendemos, portanto, que, se uma única criança falece em virtude de ausência de UTI e tomógrafo, no mínimo está configurado o crime de homicídio culposo. Multiplique-se esse único exemplo por algumas dezenas de caso e perceberemos que estamos diante de um quadro dramático, que exige providências em todas as esferas de atuação do poder público, inclusive por parte das autoridades policiais do Estado.
Fonte: Diário Online (DOL), com informações do Diário do Pará
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