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Pessoas sem sintomas de dengue podem infectar mosquitos

Pessoas sem sintomas de dengue podem infectar mosquitos

RIO — Um estudo liderado por unidades internacionais do Instituto Pasteur mostra que pessoas com dengue e que não apresentam qualquer sintoma da doença podem transmitir o vírus para mosquitos, caso venham a ser picadas. Assim, o inseto pode levar a dengue a outros seres humanos, renovando o ciclo de transmissão. Até hoje, de acordo com o estudo, considerava-se que os assintomáticos tinham carga viral baixa demais para conseguir infectar mosquitos. Mas a pesquisa publicada ontem, na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS), revela que esses pacientes são até mais infecciosos do que aqueles em que os sintomas se manifestam.

— Uma hipótese para a eficiência dos assintomáticos em transmitir o vírus seria que a carga viral, embora menor, aumente dentro do mosquito — diz o infectologista Celso Granato, do Fleury Medicina e Saúde.

A pesquisa destaca que os estudos anteriores sobre a transmissão de homem para inseto limitaram-se a pessoas com a doença aparente. No entanto, estima-se que 300 milhões do total de 390 milhões de infecções de dengue por ano, o que equivale a cerca de 75%, sejam clinicamente despercebidas ou semissintomáticas. Como essas pessoas não são internadas ou observadas por um médico, têm mais possibilidade de entrar em contato com o Aedes aegypti.

O estudo reuniu um total de 181 participantes com o vírus detectável no sangue. Destes, 126 apresentavam sintomas da doença; 42 passaram a apresentar sintomas ao longo do estudo; e 13 não tinham qualquer manifestação e assim se mantiveram por pelo menos dez dias depois da pesquisa. Para realizar o experimento, os cientistas fizeram alguns Aedes aegypti se alimentarem do sangue dos participantes, tanto de forma direta — picando as pessoas — quanto indireta — com alimentador artificial.

“Não só mais mosquitos foram infectados quando alimentados com o sangue dos participantes assintomáticos, mas também esses mosquitos apresentaram significativamente mais cópias de genoma viral em seus corpos do que aqueles infectados pelo sangue de participantes com sintomas”, diz o estudo.

José Cerbino Neto, vice-diretor de Serviços Clínicos do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), no entanto, pondera que não é possível tirar, a partir do estudo, conclusões que mudem a forma de controle da doença.

— O experimento contou só com 13 assintomáticos, muito pouco. O resultado talvez ajude a alterar os modelos matemáticos que usamos para calcular os riscos de transmissão, mas, na prática, pouca coisa muda — diz.

A pesquisa destaca que há 3,97 bilhões, em 128 países, sob risco de infecção por dengue, doença que mata mais do que qualquer outra que se origine de arbovírus — em que insetos participam do ciclo de transmissão.

Fonte: O GLOBO

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