16 mar Paralisação atinge duas redes de farmácias
As redes de farmácias Extrafarma e Pague Menos estão sem farmacêuticos desde ontem, quando a categoria iniciou uma paralisação que deverá se estender também pelo dia de hoje, nas duas farmácias ligadas a essas duas redes, em Belém.
Segundo o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de Belém, Cesar Gomes, 120 farmacêuticos paralisaram suas atividades, o que corresponde a 80% dos farmacêuticos que trabalham nessas duas redes. Ontem, eles fizeram uma caminhada da esquina da Visconde de Souza Franco com a Boaventura da Silva até a Municipalidade, esquina com a Quintino Bocaiúva, nas proximidades da distribuidora Imifarma.
A principal reivindicação da categoria é o pagamento de um piso salarial R$2.452,50 e a readequação da carga horária para seis horas de trabalho por dia. As duas redes da cidade pagam um salário de cerca de R$1.600 para os seus farmacêuticos. São seis anos de perdas salariais que a gente vem tentando recuperar junto ao Sincofarma (Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Pará) e eles viram as costas para nós e não negociam, não tem o piso, afirma o sindicalista. Extrafarma e a Pague Menos também não estariam cumprindo o que determina a lei em relação às folgas dos farmacêuticos. Alguns ficam sem folga por até dois meses.
Em Belém e em mais de 12 das principais cidades do interior do Estado, a presença de farmacêuticos nas farmácias, que é3 obrigatória por lei, foi regulamentada por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com o Ministério Público.
A profissão, afirma o sindicalista, uma das mais antigas, hoje é considerada essencial para a saúde, mas precisa ser mais valorizada. Ele também denunciou coação e ameaças de demissão por parte das emprestas na tentativa de desmobilizar a categoria mais uma vez. Mas os farmacêuticos reafirmaram sua disposição de continuar parados e farão hoje uma concentração na Praça Batista Campos, a partir das 8h.
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