CRF-PA | Ministro propõe autorizar ’pílula do câncer’ como suplemento alimentar
Acesse os serviços online em qulaquer lugar
Conselho regional de farmácia do Estado do Pará
3743
post-template-default,single,single-post,postid-3743,single-format-standard,qode-quick-links-1.0,ajax_fade,page_not_loaded,,qode_grid_1300,footer_responsive_adv,hide_top_bar_on_mobile_header,qode-child-theme-ver-1.0.0,qode-theme-ver-11.2,qode-theme-bridge,bridge-child,wpb-js-composer js-comp-ver-6.10.0,vc_responsive
 

Ministro propõe autorizar ’pílula do câncer’ como suplemento alimentar

Ministro propõe autorizar ’pílula do câncer’ como suplemento alimentar

RIO – O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Celso Pansera, disse nesta quarta-feira, em entrevista coletiva, que vai sugerir que a fosfoetanolamina, conhecida como “pílula do câncer”, seja legalizada como suplemento alimentar até a conclusão dos testes que avaliam sua eficácia.

 — A proposta é que ganhe as prateleiras das farmácias enquanto o MCTI soma esforços com o governo de São Paulo para continuar a pesquisa em humanos — disse ele, que defende a aprovação como caminho para combater o mercado clandestino e facilitar o acesso ao composto.

De acordo com Pansera, as pessoas que conseguem a substância graças a liminares judiciais estão ingerindo três cápsulas por dia, o que totaliza 1g de fosfoetanolamina por dia, quantidade que não oferece riscos:

— Nessa quantidade, está comprovado que não é tóxico.

DRIBLE NA POLÊMICA

Na opinião de Auro De Giglio, chefe da oncologia clínica do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, a sugestão é uma maneira de driblar a lei e atenuar a polêmica.

— Se não há a documentação necessária, não adianta regular a pílula como suplemento alimentar porque as leis são mais elásticas. Essa medida seria uma maneira de atenuar a situação. A fosfoetanolamina vai estar disponível e pessoas poderão substituir tratamento real por um que não é real — criticou o médico.

O oncologista Carlos Gil Ferreira, pesquisador do Instituto D´Or, tem a mesma posição:

— Suplemento alimentar não tem efeito anticâncer e essa substância é vendida para população como algo que cura o câncer. Se na visão do Congresso a fosfoetanolamina é tida com fins de medicamento, deve ser regulada como tal. Essa sugestão é uma maneira de burlar a legislação.

De toda forma, a classificação como suplemento teria que ser pedida por um laboratório à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que aprovaria ou não. Em nota, a Anvisa informou que não recebeu pedido referente à substância e que “caso os produtores da substância requeiram seu registro, como suplemento alimentar ou medicamento, a Anvisa priorizará e fará a análise de acordo com as regras estabelecidas para cada caso.”

Fonte: O GLOBO

Nenhum comentário

Deixe um comentário

Atenção, farmacêuticos!!

 

Atualize o seu cadastro no CRF-EM CASA para não perder os informes

e notícias do Conselho Regional de Farmácia do Pará.