25 set H1N1 deixa em alerta o Estado do Rio
O medo de disseminação de um surto de gripe provocada pelo vírus H1N1, linhagem considerada mais letal do que o normal, deixa autoridades de saúde do Estado do Rio em alerta. Pelo menos onze casos foram registrados este ano, sendo que dois deles teriam resultado em morte. A Secretaria de Saúde de Petrópolis, na Região Serrana, confirmou ontem duas novas suspeitas da gripe. Os pacientes um adulto de 46 anos e uma criança não tiveram a identidade revelada. O material coletado foi enviado para o Laboratório Central de Saúde Pública do Rio, e o resultado dos exames deve sair em até 12 dias. No sábado, o município confirmou que a gripe foi a causa da morte de Celeste Pacheco Vogel dos Santos, de 48 anos. Em agosto, em Araruama, na Região dos Lagos fluminense, outra mulher morreu devido à contaminação com o vírus H1N1.
A taxa de letalidade do vírus preocupa especialistas. A Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (SVEA), órgão da Secretaria estadual de Saúde, confirma que, entre 1º de janeiro e 20 de setembro, foram registrados onze casos de gripe H1N1 no Rio de Janeiro, com os dois óbitos. Em 2013, foram 42 casos nove fatais. O número ainda é baixo para se ter uma taxa de letalidade fechada, mas indica que ela pode ser alta. Há muitos tipos de vírus circulando pela cidade, então, no caso do H1N1, pode haver subnotificação explica Fernando Portela Câmara, virologista da UFRJ. Além disso, a população tem pouca imunidade a essa gripe, porque nunca vimos uma transmissão maciça. Sem ela, não tivemos a oportunidade de criar uma barreira de defesa em nosso organismo. A combinação desses elementos explica o alto número de mortes.
FORMAS DE TRANSMISSÃO
Além do contato com secreções de pessoas contaminadas, o H1N1 pode ser transmitido por vias menos conhecidas. É um vírus traiçoeiro porque alguém pode ser infectado apertando o botão do elevador ou segurando o corrimão da escada depois do toque desses objetos por uma pessoa que já é portadora do H1N1 alerta. Para o superintendente da SVEA, Alexandre Chieppe, os casos de grupe H1N1 provocam grande alarde, mas não são mais graves do que os demais casos de vírus influenza. A evolução da gripe H1N1está mais relacionada às características individuais dos pacientes do que ao vírus avalia.
Por isso , de acordo com Chieppe, o protocolo de atendimento aos pacientes com sintomas de gripe é o mesmo em todos os casos. Os suspeitos de contaminação passam por uma avaliação médica e podem receber re médios antitérmicos ou antivirais. A SVEA ressalta que a melhor forma de prevenir a gripe é ficar atento às regras básicas de higiene, como cobrir a boca comum lenço ou com as mãos ao espirrar ou tossir. Além disso, o órgão recomenda evitar longas permanências em ambientes fechados e sem ventilação.
Fonte: O Globo
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