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Faltam pesquisadores para o desenvolvimento de medicamentos no Brasil

Faltam pesquisadores para o desenvolvimento de medicamentos no Brasil


Enquanto no exterior algumas empresas já fazem roupas com tecido produzido por bactérias, no Brasil a indústria nacional engatinha na produção de medicamentos biotecnológicos e as multinacionais químicas e farmacêuticas sequer consolidaram projetos em torno da novidade.

O problema não é de fontes de financiamento, mas de falta de projetos e carência de mão de obra especializada para desenvolver as pesquisas. As empresas brasileiras de biotecnologia começaram a se movimentar há cerca de dois anos, incentivadas pela estratégia do governo de reduzir o impacto da importação de medicamentos na balança comercial, que passou de US$ 5 bilhões, em 2005, para US$ 11 bilhões, em 2013. Os remédios biotecnológicos representam 5% das compras, mas consumiram 43% da verba do Ministério da Saúde com medicamentos em 2012.

“O Brasil tem uma das legislações mais modernas do mundo do ponto de vista dos pacientes. O governo fornece mais de cem medicamentos de graça para a população que a maioria dos países não dá. Mas da ótica da detenção de tecnologia e produção, o gap é muito grande. O mundo descobriu a biotecnologia nos anos 80 e até os anos 2000 o Brasil não fez nada”, diz Leda Castilho, coordenadora do Laboratório de Engenharia de Cultivo Celulares da Coppe/UFRJ.

“Existe muito discurso, mas na prática o Brasil ainda está muito atrás em biotecnologia. Não se produz nada em biotecnologia sem material humano, que é extremamente escasso no país. Mesmo doutores em ’biotec’ precisam ser qualificados para trabalhar na indústria porque as faculdades só formam professores”, afirma Ogari Pacheco, presidente do laboratório Cristália.

O Cristália trabalha com biotecnologia há 15 anos. Um dos projetos que desenvolve, no complexo industrial do laboratório em Itapira (SP), é a Colagenase, que já é comercializada, atende 50% do consumo do mercado interno e está pronta para ser exportada. Vendido em forma de pomada, o produto remove tecido necrosado (morto). Outros quatro projetos passam por estudo clínicos – avaliação em pessoas depois de já aprovado em testes com animais.

O hormônio do crescimento entrou na fase 1 e o Interferon Alfa começa a ser avaliado também na fase 1 até o fim do ano. Os outros dois estudos são de anticorpos monoclonais – produzidos por um único clone de um linfócito B injetado no sistema imunológico para identificar e neutralizar corpos estranhos como bactérias, vírus ou células tumorais. Os mabs são considerados a fronteira do conhecimento humano em terapêutica. O Trastusumab (indicado em diferentes tipos de câncer) está na fase 1 dos estudos clínicos. Já o Etanercept, indicado para artrite reumatoide, começa a fase 1 até o fim do ano. As três plantas industriais de Itapira tiveram investimento de R$ 120 milhões. Sessenta pessoas, 27 delas pesquisadores, trabalham nas unidades.

O laboratório público Hemobrás e o laboratório Baxter Internacional firmaram uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) que prevê a transferência de tecnologia voltada para a produção do Fator VIII Recombinante. Trata-se de um medicamento elaborado por meio de engenharia genética e destinado a portadores de hemofilia tipo A. Apenas três empresas no mundo produzem o remédio. O contrato inclui a importação e distribuição do medicamento para os pacientes do SUS.

Fonte: PFarma

 

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