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Evandro Chagas espera surto de chikungunya

Evandro Chagas espera surto de chikungunya

Uma nova doença, vinda do Sudeste Asiático, já deixa equipes do Ministério da Saúde e do Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém, de alerta. No final deste ano, três casos foram confirmados no país – e todos restritos ao sudeste brasileiro. Até o momento, não há notícia de novos casos. Porém, um surto da doença em grande proporção já é esperado por especialistas.

Transmitida pelo mesmo mosquito da dengue, a chikungunya deverá entrar no país a qualquer momento. “Mais cedo ou mais tarde, o vírus vai entrar. Nós, do IEC, fazemos a vigilância já há algum tempo. Desde que tomamos conhecimento do vírus, sabíamos que ele iria entrar no Brasil e estamos fazendo o monitoramento, para caso seja pela Amazônia, possamos identificar com agilidade e auxiliar no tratamento”, avalia Elisabeth Santos, que é diretora do Evandro Chagas e pesquisadora do instituto.

“O Evandro Chagas foi o primeiro instituto a identificar o vírus da dengue aqui no Brasil, ainda na década de 1980. O Instituto é referência nacional e por isso estamos sendo procurados para realizar exames. Tanto que devemos agora em janeiro treinar mais equipes para os laboratórios centrais dos Estados da nossa região para estarmos preparados para identificar os casos quando eles surgirem com maior força”, analisa a pesquisadora.

“O vírus ainda não entrou com toda força no Brasil. Nós estamos fazendo, espontaneamente, alguns exames. Pois sabemos que quando o vírus entrar pela primeira vez de fato, sem serem casos isolados, teremos um número significativo de ocorrências. Vai ser transmitido para muita gente, pois não se tem ainda também reagente para essa doença”, disse Santos. “O IEC vem fazendo, silenciosamente essa vigilância. Afinal, não é tão simples fazer a diferença entre a dengue e a chikungunya.

A identificação e o diagnóstico devem ser feitos através de exames laboratoriais”, destaca a pesquisadora. Sobre os cuidados para evitar a doença, a pesquisadora cita como primordial a prevenção. “Como é o mesmo mosquito da dengue que pode distribuir a doença, os cuidados que a população deve tomar para prevenir a doença são os mesmos”, alerta Elisabeth Santos.

Casos – O primeiro caso confirmado, em 25 de agosto, foi de um surfista do Rio de Janeiro, de 41 anos, que esteve na Indonésia. O segundo caso, um homem de São Paulo, com 55 anos, que também esteve na Indonésia, foi diagnosticado em 29 de setembro. O terceiro caso, confirmado dia 3 de dezembro, é de uma mulher. Ela tem 25 anos, mora em São Paulo e viajou para a Índia. Eles entraram no Brasil infectados pelo vírus. A doença é transmitida também pelo Aedes albopictus, o mosquito transmissor da febre amarela.

O Ministério da Saúde formou um grupo de pesquisadores que investiga a entrada do vírus no Brasil. O professor Pedro Tauil, do Núcleo de Medicina Tropical da Universidade de Brasília (UnB), afirma em regiões onde já existe ocorrência de dengue a proliferação do vírus chikungunya é maior.

“O vírus chikungunya pertence ao grupo dos alfavírus. É transmitido por mosquitos que transmitem o vírus da dengue e da febre amarela, o Aedes aegypti e o Aedes albopictus. A doença não se manifesta mediatamente. Leva sete dias para se manifestar. Se a pessoa infectada for picada por outro mosquito, esse mosquito se infecta e passa para outros, de 7 a 10 dias. Isso acontece para a dengue e a chikungunya. Para  a febre amarela, esse período, chamado de transmissibilidade, é mais curto: 72 horas só. Então eu preciso de mais mosquitos para transmitir febre amarela e menos mosquitos para transmitir dengue e chikungunya”, explica Tauil, em entrevista à Agência UnB.

Fonte: Portal ORM – O Liberal

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