CRF-PA | DNA de tumores pode ser detectado no sangue, diz estudo
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DNA de tumores pode ser detectado no sangue, diz estudo

DNA de tumores pode ser detectado no sangue, diz estudo

A maior parte dos casos de câncer poderia, em tese, ser detectada precocemente por meio de um exame de DNA do sangue do paciente, sem que fosse necessária uma biópsia, sugere novo estudo.

Isso é possível porque o DNA dos tumores, o qual contém mutações que denunciam sua natureza cancerosa e até pistas sobre a gravidade da doença, às vezes circula de forma independente pelo sangue.

A conclusão está em artigo na revista especializada “Science Translational Medicine”, capitaneado por Luis Diaz Jr., do Instituto Médico Howard Hughes, nos EUA, e assinado também por Sueli Mieko Oba-Shinjo, da Faculdade de Medicina da USP.

A equipe analisou mais de 600 amostras de tumores, afetando órgãos que vão do pâncreas ao cérebro. Uma técnica parecida envolve capturar células tumorais que estejam viajando pela circulação sanguínea, mas o estudo indica que, mesmo quando tais células não se encontram no sangue, o DNA canceroso pode estar presente.

Grosso modo, pode-se dizer que o material genético dos tumores circula mais pelo sangue quanto maior for a gravidade da doença.

O DNA tumoral foi detectado na corrente sanguínea de cerca de 80% pacientes nos quais a doença já tinha se espalhado e em cerca de 50% dos doentes que tinham câncer em estágio inicial, afetando apenas um órgão.

É possível que as mutações deixem seu rastro no sangue antes mesmo de o tumor ser detectável por outros meios, o que permitiria tratar a doença muito cedo.

Outro potencial da técnica é monitorar mutações capazes de fazer com que o tumor se torne ainda mais perigoso.

Ocorre que a quimioterapia pode acabar selecionando células tumorais resistentes a medicamentos. O que costuma acontecer é que mutações num pequeno grupo de células do tumor original acaba lhes conferindo resistência ao tratamento.

Após a químio, todas as células vulneráveis morrem, mas as resistentes sobrevivem e se multiplicam, levando ao reaparecimento da doença com força mais tarde.

Identificar esse tipo de mutação, portando, poderia revelar aos médicos se o câncer está preparando um contra-ataque e ajudá-los a escolher remédios mais agressivos, quando isso for possível.

Fonte: Folha de S. Paulo 

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DNA de tumores pode ser detectado no sangue, diz estudo

DNA de tumores pode ser detectado no sangue, diz estudo

A maior parte dos casos de câncer poderia, em tese, ser detectada precocemente por meio de um exame de DNA do sangue do paciente, sem que fosse necessária uma biópsia, sugere novo estudo.

Isso é possível porque o DNA dos tumores, o qual contém mutações que denunciam sua natureza cancerosa e até pistas sobre a gravidade da doença, às vezes circula de forma independente pelo sangue.

A conclusão está em artigo na revista especializada “Science Translational Medicine”, capitaneado por Luis Diaz Jr., do Instituto Médico Howard Hughes, nos EUA, e assinado também por Sueli Mieko Oba-Shinjo, da Faculdade de Medicina da USP.

A equipe analisou mais de 600 amostras de tumores, afetando órgãos que vão do pâncreas ao cérebro. Uma técnica parecida envolve capturar células tumorais que estejam viajando pela circulação sanguínea, mas o estudo indica que, mesmo quando tais células não se encontram no sangue, o DNA canceroso pode estar presente.

Grosso modo, pode-se dizer que o material genético dos tumores circula mais pelo sangue quanto maior for a gravidade da doença.

O DNA tumoral foi detectado na corrente sanguínea de cerca de 80% pacientes nos quais a doença já tinha se espalhado e em cerca de 50% dos doentes que tinham câncer em estágio inicial, afetando apenas um órgão.

É possível que as mutações deixem seu rastro no sangue antes mesmo de o tumor ser detectável por outros meios, o que permitiria tratar a doença muito cedo.

Outro potencial da técnica é monitorar mutações capazes de fazer com que o tumor se torne ainda mais perigoso.

Ocorre que a quimioterapia pode acabar selecionando células tumorais resistentes a medicamentos. O que costuma acontecer é que mutações num pequeno grupo de células do tumor original acaba lhes conferindo resistência ao tratamento.

Após a químio, todas as células vulneráveis morrem, mas as resistentes sobrevivem e se multiplicam, levando ao reaparecimento da doença com força mais tarde.

Identificar esse tipo de mutação, portando, poderia revelar aos médicos se o câncer está preparando um contra-ataque e ajudá-los a escolher remédios mais agressivos, quando isso for possível.

Fonte: Folha de S. Paulo 

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