01 jul CRF/PA e Devisa fecham 6 farmácias clandestinas
Seis farmácias clandestinas foram interditadas durante uma operação do Departamento Municipal de Vigilância Sanitária (Devisa) e do Conselho Regional de Farmácia do Pará (CRF-PA), na manhã de ontem. Mais de 40 sacas de medicamentos irregulares foram apreendidos. Todos as pontos fiscalizadas, nas bairros do Tapanã, Sideral, Val-de-Cans e Maguari foram denunciados pelo telefone 3344-1754 e, entre a principais infrações cometidas, estavam a ausência de farmacêutico responsável, falta de documentação da farmácia, condições de higiene inadequadas e venda de medicamentos irregulares (como antibióticos e outras sem receita). Este foi o terceiro grande trabalho do ano, que já passou por 1:3 ’mirras de Belém e fechou 22 estabelecimentos, mas todos os dias há fiscalizações.
“Os estabelecimentos que forem encontrados sem farmacêutico, sem licença para funcionar, sem procedência comprovada dos medicamentos ou outras irregularidades comprovadas pelas equipes, serão interditados até que os donos venham regularizar a situação ou mudem de
ramo. Há situações de estabelecimentos que se dizem farmácias, mas na verdade não são. Há bares vendendo medicamentos, temos venda de remédios controlados que causam dependência, o que pode nos levar a pensar em tráfico de drogas. São muitas irregularidades”, explicou o chefe da Divisão de Drogas e Medicamentos do Devisa, Randoifo Coelho.
No Tapanã, a Belém Pharma Distribuidora foi interditada pela segunda vez desde o ano passado pelas mesmas situações: ausência de documentação do estabelecimento; ausência de farmacêutico responsável; falta de registro de temperatura; venda de medicamentos a retalho; venda de antibióticos (alguns encontradas no forro) e medicamentos de uso exclusivo em hospitais; e também produtos sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anisa), como pílula do mato e creolina. Os produtos foram apreendidos e o proprietário notificado.
O proprietário tentou argumentar com a equipe do Devisa e do CRF, mas se complicou ao reconhecer que estava errado e que já tinha sido alvo de apreensão de medicamentos outras vezes, em outros estabelecimentos que possui. Impediu a presença da equipe de reportagem e questionou a operação por estar errada. Afirmou que ele era dono do estabelecimento há apenas seis meses e que não foi notificado na ação anterior.
RISCO
Outro estabelecimento foi interditado no conjunto Ariri Bolonha, no Sideral. A farmácia Aliança em Cristo, além das mesmas infrações da Belém Pharma, tinha anabolizantes veterinários e Sibut rami na (emagrecedor controlado, mas de origem paraguaia). Também foram encontradas ampolas de medicamentos desconhecidos, de origem estrangeira e sem registro da Anvisa, mas identificados também como possíveis anabolizantes. Nada tinha nota fiscal. Cinco sacas de medicamentos saíram cheias. “Isso é um risco. Pode levar a óbito. Ninguém deve se automedicar ou tomar qualquer substância sem prescrição médica e orientação do farmacêutico”, disse o fiscal do CRF Nelson Oliveira.
A proprietária da Aliança em Cristo denunciou que os usuários da academia em frente é que traziam os anabolizantes para aplicação, um dos serviços anunciados – junto com retirada de pontas cirúrgicos e aplicação de injetáveis em veias e músculos -, todas realizados por uma técnica de enfermagem. Das janelas da academia partiam olhares apreensivos dos usuárias para os técnicos na operação. Aparentemente, todas os estabelecimentos eram de uma mesma familia, que controla a farmácia, a academia, urna padaria e um salão de beleza, todos fechados na presença do Devisa por conta própria, pois somente a farmácia era alvo da ação.
Fonte: Jornal O Liberal
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