11 mar China está perto de epidemia de doenças cardiovasculares
Má alimentação, tabagismo e obesidade: estes fatores podem estar na origem de uma possível epidemia de doenças coronarianas na China, onde três em cada quatro pessoas sofrem de condições cardiovasculares precárias – é o que diz um estudo publicado nesta segunda-feira.
As descobertas, publicadas no Journal of the American College of Cardiology, se baseiam em dados de 96.000 homens e mulheres da população média da China.
As condições de saúde foram classificadas em ’ideal’, ’intermediária’ ou ’precária’ de acordo com sete comportamentos e fatores de estilo de vida estabelecidos pela Associação Norte-americana do Coração (American Heart Association, em inglês): tabagismo, índice de massa corporal, atividade física, dieta, colesterol, pressão arterial e glicose.
Apenas 0,2% dos homens e mulheres do país mais populoso do mundo apresentou condições cardiovasculares de saúde “ideais”, segundo o estudo.
Apenas cinco por cento dos homens e 22% das mulheres alcançaram condições “ideais” em quatro fatores de saúde: índice de massa corporal, prática de atividade física, dieta saudável e não fumar.
Doenças cardiovasculares são as principais causas de morte na China, e a incidência de diabetes no país mais que dobrou na última década.
“Sem uma intervenção efetiva, as doenças cardiovasculares vão se tornar epidêmicas num futuro próximo na China”, mostrou o estudo liderado por Yufang Bi e o co-autor Guang Ning, da escola de medicina da universidade Jiao-Tong, em Xangai, China.
“Dos sete indicadores observados, aderir a uma dieta saudável era o menos comum entre todas as estatísticas médicas cardiovasculares, chegando a 1,6% entre homens e mulheres”, disse o estudo.
Os médicos pediram à China que adote um plano nacional de combate às doenças cardiovasculares para ajudar a melhorar a saúde de seus cidadãos.
“Embora a China seja muito avançada no campo tecnológico, o país enfrenta um fardo terrível com as doenças cardiovasculares, como fica demonstrado neste e em outros estudos”, disse Valentin Fuster, editor-chefe do Journal of the American College of Cardiology.
“O país se beneficiaria de uma abordagem estratégica a nível nacional, focada em atenuar cada um dos fatores de risco, ao lado de esforços educacionais regionais e individuais”, acrescentou.
Fonte: Terra
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