14 jun CFF, MP e ABRAN criticam proposta contra anorexígenos
Em conferência de imprensa na segunda, 6, em Brasília, o Conselho Federal de Medicina, o Conselho Federal de Farmácia, o Ministério Público e a Anfarmag criticaram a proposta para a retirada do mercado de quatro dos cinco medicamentos que compõem o arsenal terapêutico para a terapia de obesidade. O CFF Conselho Federal de Farmácia é contra porque a medida vai prejudicar o atendimento de milhões de pessoas. Para o principal órgão dos farmacêuticos, a Anvisa deve intensificar a fiscalização e controle. Walter Jorge João disse que o SNGPC Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados tem a adesão de apenas 62% e precisa ser aprimorado para que as vigilâncias sanitárias dos estados e municípios possam ser ainda mais atuantes para impedir os abusos das prescrições.
Já o promotor de justiça do Distrito Federal, Diaulas Costa Ribeiro, informou que está preparado para adotar as medidas legais uma ação civil pública via litisconsórcio com o Ministério Público Federal – contra a Anvisa no caso da agência sanitária levar a adiante a intenção de retirar do mercado os medicamentos anorexígenos e a sibutramina. Na coletiva de imprensa que aconteceu na sede do CRMDF Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, ele discordou da nota técnica que fundamenta a proposta de retirada, embasando-se em estudos mais recentes que se colocam contra a proibição destes medicamentos.
Os efeitos adversos da Sibutramina demonstrados no estudo SCOUT não justificam a retirada do medicamento do mercado, afirmou o diretor geral da ABRAN Associação Brasileira de Nutrologia, Paulo Giorelli. E mais. Para ele, o banimento dos anorexígenos não pode ter como justificativa a suposição de que com a retirada da sibutramina, os médicos vão prescrever mais fenproporex, mazindol e anfepramona. Em sua exposição, ele declarou que a pandemia de obesidade no país pouco mais de 50% dos brasileiros estão com sobre-peso ou são classificados como obesos não pode ser controlada com apenas um medicamento (Orlistat). Retirar quatro das cinco opções terapêuticas, cujo medicamento mais antigo tem 59 anos de uso, é uma medida que atenta contra a saúde pública.
Fonte: Anfarmag
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