CRF-PA | CFF constata: população não está atenta aos riscos da automedicação
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Conselho regional de farmácia do Estado do Pará
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CFF constata: população não está atenta aos riscos da automedicação

CFF constata: população não está atenta aos riscos da automedicação

Na manhã de hoje (20.01), diversos profissionais estiveram presentes nas sedes e seccionais do Conselho Regional de Farmácia do Pará para participar de café da manhã comemorativo ao Dia Nacional do Farmacêutico. Em um momento de união, descontração e celebração, os profissionais confraternizaram juntos as conquistas galgadas no último ano.

Além do Café da Manhã, os ouvintes de diversas rádios na Região Metropolitana de Belém e interiores tiveram a oportunidade de ouvir spots direcionados ao profissional farmacêutico, além de mensagem enviada virtualmente a todos os farmacêuticos inscritos no Conselho.

Como forma de reafirmar a importância do papel do profissional farmacêutico, uma ação foi realizada por funcionários da Rede Big Ben na sede do CRF/PA. O grupo Anjos da Guarda de Plantão instalou tenda para verificação de pressão arterial e índice glicêmico dos farmacêuticos e transeuntes.

Seccionais

O sentimento se estendeu também ao restante do estado – diversos farmacêuticos se fizeram presentes nas Seccionais Sudeste e Oeste do CRF/PA, que também ofereceram Café da Manhã aos profissionais. Nos últimos cinco anos, o Brasil registrou quase 60 mil internações por intoxicação medicamentosa, segundo dados do Ministério da Saúde. No ano de 2010, segundo aponta o Sinitox – Sistema Nacional de Informações Tóxico-farmacológicas, foram 27.710 pessoas internadas. Somente no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, são 600 ao mês. Apesar da frequência dos casos, a população demonstra não estar atenta aos riscos da automedicação. Foi o que constatou o Conselho Federal de Farmácia – CFF em uma ação promovida em São Paulo, no dia 18 de dezembro. Todo o trabalho foi filmado e transformado em um vídeo que será divulgado por meio das redes sociais a partir de hoje, dia 20 de janeiro, Dia do Farmacêutico.

Para a produção do vídeo, o CFF se inspirou em uma campanha realizada pela Confederação Farmacêutica Argentina (COFA) contra a venda livre de medicamentos naquele País. O Conselho produziu um medicamento fictício e o distribuiu a mais de 4 mil pessoas, na esquina das Avenidas Paulista e Consolação, um dos pontos mais movimentados da capital paulista. Para dar verossimilhança à simulação, uma tenda foi montada com autorização da prefeitura e um grupo de atores se caracterizou de promotores do medicamento. Observadores verificaram e registraram a reação das pessoas.

Os resultados foram surpreendentes. “A maioria aceitou passivamente o ‘produto’, sem nada perguntar. Quase ninguém (0,35%) quis saber quem era o fabricante. Menos de 1% perguntou se o suposto medicamento tinha alguma contraindicação”, comenta o presidente do CFF, Walter Jorge João. “O maior porcentual de pessoas que questionou alguma coisa sobre o suposto medicamento, quis saber qual era sua indicação (14,96%), o que revela certo interesse pela sua utilização posterior.”


Divulgação – O link do vídeo http://youtu.be/PizTEJW7NKE está sendo encaminhado, hoje,  a todos os farmacêuticos do País por mensagem de telefone, com felicitações pelo Dia do Farmacêutico. A intenção é que os profissionais propaguem o alerta contra a automedicação. Além disso, até 14 de fevereiro uma equipe especialmente contratada pelo CFF estará a postos para interagir com pessoas que, pelo Facebook ou Twitter, manifestarem intenção de se automedicar ou divulgarem que fazem uso de medicamentos sem prescrição. A equipe repassará a estas pessoas uma mensagem de alerta sobre os riscos da automedicação, junto com o link de acesso ao vídeo.

Casos – As intoxicações propositais ou acidentais representam apenas um dos problemas causados pela automedicação. O industriário Ney Borges Vasquez, 52 anos, morador de Goiânia (GO), quase ficou paraplégico por causa de um descongestionante nasal. Quando tinha 19 anos, sofria com rinite alérgica e começou a usar o produto. “Minha mãe usava, era bom, então aderi. Mas ela usava esporadicamente. Eu passei a fazer uso contínuo.” Ney Vasquez conta que passou dez anos usando. Só então descobriu o mal que isso lhe fez.

“Um dia, na chácara, estava cuidando de uns porcos no quintal e um deles avançou em mim. Fui correr, caí e o animal me deu uma cabeçada nas costas. Chamaram o resgate e fui para o hospital. Havia fraturado uma das vértebras e trincado o osso sacro. Por pouco não fiquei paraplégico.” Um exame de densitometria óssea revelou que apesar de ter apenas 29 anos, Ney Vasquez tinha idade óssea de um senhor de 80 anos. Segundo os médicos, a descalcificação intensa foi causada pelo uso contínuo do corticoide contido no descongestionante nasal. “Tive de fazer um tratamento de reposição e até hoje tomo uma injeção por ano de cálcio.”

Outro caso é o da bacharel em turismo Bruna Pierre, que ficou 18 dias em coma após ter tomado, por conta própria, um medicamento para combater a febre. Isso aconteceu em 2005, quando ela tinha 21 anos. Bruna conta que passou por momentos difíceis. “Tive uma intoxicação e logo depois que tomei o remédio, comecei a passar muito mal e desmaiei em casa. Tive três paradas cardíacas e duas respiratórias no mesmo dia. Fiquei em coma durante 18 dias, e quando acordei, eu nasci de novo. Tive que reaprender a falar e andar. Fiz fisioterapia e fui ao fonoaudiólogo, foi muito complicado”, relembra. Bruna mora em São José do Rio Preto, em São Paulo.

Riscos da automedicação, conforme Organização Mundial de Saúde:

a)     Autodiagnóstico incorreto;

b)     Não procurar prontamente orientação médica adequada;

c)      Escolher incorretamente a terapêutica;

d)     Apresentar eventos adversos raros, mas graves;

e)     Não reconhecer ou não autodiagnosticar contraindicações, interações, alertas e precauções;

f)      Não reconhecer que uma mesma substância ativa já foi utilizada sob um nome diferente (produtos com diferentes marcas de fantasia podem ter o mesmo princípio ativo);

g)     Não informar o autotratamento atual ao médico prescritor (risco de duplo tratamento ou interação prejudicial);

h)     Não reconhecer ou não notificar reações adversas farmacológicas;

i)       Escolher incorretamente a via ou modo de administração;

j)       Utilizar doses excessivas ou inadequadas;

k)     Ocorrência de dependência ou abuso;

l)       Alterações no desempenho laboral ou no esporte;

m)   Ocorrência de interações fármaco-alimento;

n)     Estocar medicamentos em condições inadequadas ou além do prazo de validade recomendado para o produto

 

 

Fonte: CFF

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CFF constata: população não está atenta aos riscos da automedicação

CFF constata: população não está atenta aos riscos da automedicação

Na manhã de hoje (20.01), diversos profissionais estiveram presentes nas sedes e seccionais do Conselho Regional de Farmácia do Pará para participar de café da manhã comemorativo ao Dia Nacional do Farmacêutico. Em um momento de união, descontração e celebração, os profissionais confraternizaram juntos as conquistas galgadas no último ano.

Além do Café da Manhã, os ouvintes de diversas rádios na Região Metropolitana de Belém e interiores tiveram a oportunidade de ouvir spots direcionados ao profissional farmacêutico, além de mensagem enviada virtualmente a todos os farmacêuticos inscritos no Conselho.

Como forma de reafirmar a importância do papel do profissional farmacêutico, uma ação foi realizada por funcionários da Rede Big Ben na sede do CRF/PA. O grupo Anjos da Guarda de Plantão instalou tenda para verificação de pressão arterial e índice glicêmico dos farmacêuticos e transeuntes.

Seccionais

O sentimento se estendeu também ao restante do estado – diversos farmacêuticos se fizeram presentes nas Seccionais Sudeste e Oeste do CRF/PA, que também ofereceram Café da Manhã aos profissionais. Nos últimos cinco anos, o Brasil registrou quase 60 mil internações por intoxicação medicamentosa, segundo dados do Ministério da Saúde. No ano de 2010, segundo aponta o Sinitox – Sistema Nacional de Informações Tóxico-farmacológicas, foram 27.710 pessoas internadas. Somente no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, são 600 ao mês. Apesar da frequência dos casos, a população demonstra não estar atenta aos riscos da automedicação. Foi o que constatou o Conselho Federal de Farmácia – CFF em uma ação promovida em São Paulo, no dia 18 de dezembro. Todo o trabalho foi filmado e transformado em um vídeo que será divulgado por meio das redes sociais a partir de hoje, dia 20 de janeiro, Dia do Farmacêutico.

Para a produção do vídeo, o CFF se inspirou em uma campanha realizada pela Confederação Farmacêutica Argentina (COFA) contra a venda livre de medicamentos naquele País. O Conselho produziu um medicamento fictício e o distribuiu a mais de 4 mil pessoas, na esquina das Avenidas Paulista e Consolação, um dos pontos mais movimentados da capital paulista. Para dar verossimilhança à simulação, uma tenda foi montada com autorização da prefeitura e um grupo de atores se caracterizou de promotores do medicamento. Observadores verificaram e registraram a reação das pessoas.

Os resultados foram surpreendentes. “A maioria aceitou passivamente o ‘produto’, sem nada perguntar. Quase ninguém (0,35%) quis saber quem era o fabricante. Menos de 1% perguntou se o suposto medicamento tinha alguma contraindicação”, comenta o presidente do CFF, Walter Jorge João. “O maior porcentual de pessoas que questionou alguma coisa sobre o suposto medicamento, quis saber qual era sua indicação (14,96%), o que revela certo interesse pela sua utilização posterior.”


Divulgação – O link do vídeo http://youtu.be/PizTEJW7NKE está sendo encaminhado, hoje,  a todos os farmacêuticos do País por mensagem de telefone, com felicitações pelo Dia do Farmacêutico. A intenção é que os profissionais propaguem o alerta contra a automedicação. Além disso, até 14 de fevereiro uma equipe especialmente contratada pelo CFF estará a postos para interagir com pessoas que, pelo Facebook ou Twitter, manifestarem intenção de se automedicar ou divulgarem que fazem uso de medicamentos sem prescrição. A equipe repassará a estas pessoas uma mensagem de alerta sobre os riscos da automedicação, junto com o link de acesso ao vídeo.

Casos – As intoxicações propositais ou acidentais representam apenas um dos problemas causados pela automedicação. O industriário Ney Borges Vasquez, 52 anos, morador de Goiânia (GO), quase ficou paraplégico por causa de um descongestionante nasal. Quando tinha 19 anos, sofria com rinite alérgica e começou a usar o produto. “Minha mãe usava, era bom, então aderi. Mas ela usava esporadicamente. Eu passei a fazer uso contínuo.” Ney Vasquez conta que passou dez anos usando. Só então descobriu o mal que isso lhe fez.

“Um dia, na chácara, estava cuidando de uns porcos no quintal e um deles avançou em mim. Fui correr, caí e o animal me deu uma cabeçada nas costas. Chamaram o resgate e fui para o hospital. Havia fraturado uma das vértebras e trincado o osso sacro. Por pouco não fiquei paraplégico.” Um exame de densitometria óssea revelou que apesar de ter apenas 29 anos, Ney Vasquez tinha idade óssea de um senhor de 80 anos. Segundo os médicos, a descalcificação intensa foi causada pelo uso contínuo do corticoide contido no descongestionante nasal. “Tive de fazer um tratamento de reposição e até hoje tomo uma injeção por ano de cálcio.”

Outro caso é o da bacharel em turismo Bruna Pierre, que ficou 18 dias em coma após ter tomado, por conta própria, um medicamento para combater a febre. Isso aconteceu em 2005, quando ela tinha 21 anos. Bruna conta que passou por momentos difíceis. “Tive uma intoxicação e logo depois que tomei o remédio, comecei a passar muito mal e desmaiei em casa. Tive três paradas cardíacas e duas respiratórias no mesmo dia. Fiquei em coma durante 18 dias, e quando acordei, eu nasci de novo. Tive que reaprender a falar e andar. Fiz fisioterapia e fui ao fonoaudiólogo, foi muito complicado”, relembra. Bruna mora em São José do Rio Preto, em São Paulo.

Riscos da automedicação, conforme Organização Mundial de Saúde:

a)     Autodiagnóstico incorreto;

b)     Não procurar prontamente orientação médica adequada;

c)      Escolher incorretamente a terapêutica;

d)     Apresentar eventos adversos raros, mas graves;

e)     Não reconhecer ou não autodiagnosticar contraindicações, interações, alertas e precauções;

f)      Não reconhecer que uma mesma substância ativa já foi utilizada sob um nome diferente (produtos com diferentes marcas de fantasia podem ter o mesmo princípio ativo);

g)     Não informar o autotratamento atual ao médico prescritor (risco de duplo tratamento ou interação prejudicial);

h)     Não reconhecer ou não notificar reações adversas farmacológicas;

i)       Escolher incorretamente a via ou modo de administração;

j)       Utilizar doses excessivas ou inadequadas;

k)     Ocorrência de dependência ou abuso;

l)       Alterações no desempenho laboral ou no esporte;

m)   Ocorrência de interações fármaco-alimento;

n)     Estocar medicamentos em condições inadequadas ou além do prazo de validade recomendado para o produto

 

 

Fonte: CFF

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