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Campanha previne hanseníase e doenças parasitárias em Belém

Campanha previne hanseníase e doenças parasitárias em Belém

A 2ª Campanha Nacional de Hanseníase e tratamento preventivo de Geo-helmintíases já começou nas escolas de Belém. O programa do Ministério da Saúde será voltado para alunos de escolas públicas estaduais e municipais, na faixa etária de 5 a 14 anos. Em Belém, uma parceria foi firmada entre Sesma, Sespa, Seduc e Semec para atingir esse grupo prioritário, em torno de 64.715 discentes no município.

A campanha atingirá mais cem escolas e será dividida em duas etapas. Na primeira, serão atendidas as 59 unidades que possuem o Programa Saúde na Escola (PSE), já na segunda serão os demais estabelecimentos de ensino. A meta é tratar 80% dos estudantes com medicamento para verminose e investigar sinais e sintomas de hanseníase em 70% dos alunos através de visita às escolas.

Hanseníase

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que atinge principalmente a pele e os nervos, podendo afetar a face e membros. Se não for tratada, ela pode causar incapacidade ou deformidades. O diagnóstico e tratamento são disponibilizados gratuitamente na Rede Básica de Saúde de Belém. “Esta doença representa, ainda hoje, um grave problema de saúde pública no Brasil, principalmente pela influência psicológica ocasionada pelas sequelas físicas, o que resulta na queda da autoestima e na autossegregação do hanseniano”, explica Carlene Castro, coordenadora da Referência em Tuberculose e Hanseníase da Sesma.

De acordo com os registros da Sesma, baseados nos atendimentos das Unidades Municipais de Saúde e das Estratégias Saúde da Família, nos últimos cinco anos, Belém registrou 1.476 casos de hanseníase, sendo 6,8% detectados em crianças e adolescentes entre zero e quatorze anos. O bairro do Guamá lidera os casos da doença na capital.

A abordagem da campanha, por se tratar de crianças e adolescentes, será diferenciada e acompanhada pelos gestores das escolas e pais de alunos. Os profissionais das Estratégias Saúde da Família (ESF’s) de cada bairro atuarão nas escolas do entorno e equipes visitarão esses locais para esclarecer o objetivo da campanha e a importância da participação do corpo discente. Serão avaliados os alunos que possuírem manchas suspeitas pelo corpo ou histórico familiar da doença.

Geo-helmintíases

As geo-helmintíases são doenças causadas por parasitas que em ambientes favoráveis, como locais com saneamento precário e clima geralmente quente e úmido, encontram condições necessárias para a disseminação dos ovos no solo. Essas infecções são clinicamente significativas e são comuns em países em desenvolvimento, os principais geo-helmintos são Ascaris lumbricóides, Trichuris trichiura e os ancilostomídeos (Ancylostoma duodenal e Nacator americanus).

As crianças constituem um importante grupo de risco para as geo-helmintíases, uma vez que a infecção pode interferir no desenvolvimento físico e cognitivo e levar a quadros mórbidos que incluem diarréia, dores abdominais, inapetência, perda de peso e, até formação de granulomas e processos obstrutivos que exigem intervenção cirúrgica ou podem levar a óbito.

De acordo com o Departamento de Vigilância Epidemiológica da Sesma (Devs), somente no primeiro semestre de 2014, 1072 crianças entre 7 e 14 anos fizeram exames parasitológicos na rede municipal. O tipo de geo-helminto mais comumente encontrado foi o Trichuris trichiura.

“Esse geo-helminto é comum em áreas úmidas e quentes, como a Amazônia. Sua contaminação é fecal-oral e causa a tricuríase, doença muitas vezes assintomática, mas que em casos de grande quantidade do verme, pode levar ao prolapso retal, quando o reto vai para fora do ânus”, explica David Aurélio, do Programa de Controle Esquistossomose e Geo-helmintíase do Devs/Sesma.

Exames

Professores ajudarão os profissionais de saúde na identificação de possíveis casos suspeitos de hanseníase. “Os pais e/ou responsáveis dos alunos com manchas sugestivas pelo corpo serão orientados a preencher uma ficha de autoimagem, na qual responderão perguntas sobre os sinais e sintomas sugestivos da doença e o possível histórico familiar da mesma. Após a avaliação dessa ficha pelos profissionais das ESF’s, o aluno será encaminhado para confirmação na unidade de saúde do seu bairro. Se confirmado o diagnóstico inicial, o tratamento tem início imediato”, esclarece Carlene Castro.

Já para os casos de geo-helmintíase, cada aluno levará um formulário de concordância para casa. Os pais que não permitirem que seus filhos tomem o remédio para combate aos geo-helmintos, devem assinalar essa opção no formulário. Aqueles que não responderem serão considerados automaticamente autorizados. “Cada criança receberá uma dose única do remédio Albendazol 400mg, que combate a maioria dessas verminoses. É muito importante que os pais concordem, pois estarão proporcionando aos filhos maiores chances de uma infância saudável”, conclui David Aurélio.

Serviço: Campanha Nacional de Hanseníase e Geo-helmintíase em Escolares do Município de Belém, de 18 de agosto a 30 de outubro, para alunos de 5 a 14 anos das escolas municipais e estaduais.

Fonte: Orm News

 

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