09 abr Acordo com laboratórios deve reduzir preço da vacina contra HPV
A Aliança Global para Vacinas e Imunização (Gavi, na sigla em inglês) caminha para um acordo com as farmacêuticas que pode significar o suprimento de milhões de doses de vacinas contra câncer cervical a preços reduzidos, para nações em desenvolvimento.
A negociação inclui a produção de vacinas pelos laboratórios Merck (EUA) e GSK-GlaxoSmithKline (Reino Unido). O acordo em relação aos preços pode ter um grande impacto na saúde de milhões de mulhere, segundo a Gavi.
Mais de 85% das 275 mil mortes anuais relacionadas ao câncer cervical ocorrem em países
As vacinas das duas empresas são as únicas drogas aprovadas para proteger contra o HPV humano (papilomavirus), principal causa de câncer cervical.
Um porta-voz da Gavi disse que “ao menos uma ” das empresas tem feito “progressos encorajadores em direção a um preço aceitável”.
A Merck divulgou, no ano passado, que estava preparada para oferecer a vacina para os países associados à Gavi com um grande desconto: o tratamento, com três doses, iria custar US$ 15 (cerca de R$ 27). A Aliança disse na época que essa era “uma boa oferta inicial”.
PREÇO ACEITÁVEL?
Um porta-voz da GSK afirmou que a empresa estava negociação com a Gavi e que queria disponibilizar seu medicamento para as mulheres ao redor do mundo, independentemente do rendimento dessas pessoas e de onde elas morassem.
“A GSK está comprometida em oferecer os menores preços para suas vacinas para os países mais pobres”, afirmou o porta-voz, acrescentando que os preços também seriam determinados pelo tamanho dos contratos e pelo volume de doses a serem adquiridas por organizações globais, governos e terceiros.
O porta-voz da GAVI não citou o nome do laboratório com as negociações em “progresso”, nem deu detalhes sobre o preço, mas afirmou que a Aliança continuaria a trabalhar com as empresas, com objetivo de assegurar que a vacina seja disponibilizada a um preço aceitável.
Se países elegíveis tiverem uma política de vacinação contra o HPV eficaz e os laboratórios chegarem a um acordo sobre os preços, “até um milhão de mulheres poderiam estar protegidas contra o câncer cervical até 2015 em diversos países”, declarou em nota a Gavi em nota.
Fonte: Folha online
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