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ABPST produz documentário sobre a Talidomida

ABPST produz documentário sobre a Talidomida

No último dia 08.12, a Associação Brasileira dos Portadores da Síndrome da Talidomida (ABPST) lançou documentário que retrata a trajetória de vida e busca pelos direitos de vida dos portadores. O documentário intitulado “Tá Faltando Alguma Coisa” é, acima de tudo, um estandarte da importância da administração adequada de medicamentos e importância da destreza do profissional farmacêutico no momento da dispensação.

A talidomida é um medicamento que chegou ao mercado há 55 anos e era administrada como sedativo e também receitada em caso de náuseas durante a gravidez. Contudo, a fórmula ocasionava danos irreversíveis na formação do feto e, durante os anos 60, foi responsável pelo nascimento de pelo menos doze mil crianças com deficiências físicas – como o encurtamento ou ausência dos membros superiores e inferiores. No ano de 1961, já cientes dos danos, diversos países retiraram o medicamento de circulação. Medida que foi tomada apenas em 1965 no Brasil.

Contudo, a droga voltou a ser utilizada para tratamento de hanseníase e outros males (a exemplo da doença de Crohn, lúpus eritematoso sistêmico, doenças crônico-degenerativas e mieloma múltiplo), porém foi restringida no caso de mulheres em idade fértil e/ou gestantes. Mesmo após os imensuráveis males causados pelo medicamento, o laboratório Grünenthal, responsável pela fabricação do medicamento, se manteve em silêncio durante 50 anos.

Ao todo, estima-se que 800 pessoas vítimas da síndrome ainda estejam vivas no Brasil, sendo a última diagnosticada há dois anos. Ou seja, a conscientização do profissional que trabalha com a dispensação do medicamento é imprescindível para evitar danos aos fetos e assegurar que outra geração portadora de deficiência não surja. Grande parte das portadoras recebe um auxílio monetário vitalício do INSS.

Documentário

O documentário “Tá Faltando Alguma Coisa”, através de depoimentos, promove o confronto entre a necessidade sistêmica das vítimas da Síndrome da Talidomida Fetal e o posicionamento de instituições como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e narra a luta incansável pela garantia dos direitos das vítimas. Em entrevista ao jornal A Folha de São Paulo, a idealizadora do documentário e presidente da Associação Brasileira dos Portadores da Síndrome da Talidomida (ABPST), relatou a situação dos anos 90 em se tratando do apoio governamental. “Naquela época, não tínhamos direito a quase nada. Conseguimos mudar a lei [em 1993], estabelecendo uma pensão de um a oito salários [dependendo do grau da deficiência] e incluindo o direito a próteses. Ainda hoje, às vezes, só se ganha no grito.”, desabafou.

A idéia de Cláudia é distribuir o documentário em escolas médicas e de direito para evitar que a situação trágica se repita. “O último caso foi em 2010, no Maranhão. O governo distribui a talidomida para os doentes, em vez de aplicá-la somente em hospitais, como acontece em outros países. Assim, ele acaba chegando na mão de mulheres grávidas. Só o Brasil registrou uma segunda e uma terceira gerações de bebês com síndrome. Tudo por causa da falta de controle. Desculpas não ajudam a resolver esse problema”, disse Maximino em entrevista à Veja.  

Em 2010, as vítimas da talidomida ganharam direito a indenização por danos morais. O valor varia de R$ 50 mil a R$ 400 mil. Das 650 pessoas com direito ao benefício, 150 ainda não o receberam. Mais informações sobre o documentário e a Associação Associação Brasileiras dos Portadores da Síndrome da Talidomida (ABPST) podem ser visualizadas no site www.talidomida.org.br.

ASCOM CRF/PA

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