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A esperança que existe por trás da ciência

Seis meses após o registro da maior média móvel de morte em decorrência da Covid-19, a população brasileira começa a enxergar uma luz no fim do túnel com a vacinação em massa surtindo efeitos positivos e reduzindo o número de internações e óbitos pela doença no país. Ao mesmo passo, desde o começo da pandemia, cientistas do mundo todo trabalham incessantemente na busca para desenvolver medicamentos seguros e eficazes que auxiliem no tratamento da doença, amenizando os sintomas da Covid-19, evitando mortes e devolvendo a esperança em dias melhores.

No Brasil, em uma iniciativa pioneira e que pode ter impacto profundo no controle da pandemia no país, o Instituto Butantan desenvolveu o soro Anti-Covid e já começou os estudos com pacientes. A autorização para o início dos testes foi concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 15 deste mês e a expectativa é a de que, ao introduzi-lo em uma pessoa com Covid-19, o soro possa combater a infecção pelo coronavírus e impedir o agravamento da doença – atuando de forma complementar a vacinação. O medicamento também deve ajudar na proteção à saúde daqueles que enfrentam dificuldades na sua imunização por conta das reações alérgicas a algum componente das vacinas já disponíveis.

Outra grande esperança que deve servir de auxílio no combate à doença é o Molnupiravir. Fabricado pela farmacêutica americana MSD, o medicamento faz parte de um estudo internacional conduzido por diversas instituições, inclusive pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No estudo realizado, o medicamento demonstrou resultados positivos, reduzindo aproximadamente 50% os riscos de internações e mortes em decorrência da contaminação pelo coronavírus. As pílulas podem ser o primeiro tratamento antiviral oral no combate à doença, capaz de revolucionar o tratamento contra a Covid, com evidências científicas suficientes de que os comprimidos são eficazes.

E nessa onda de boas novas, na última terça-feira,19.10, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) se reuniram com representantes da Anvisa para apresentar uma pesquisa em andamento para desenvolver uma vacina contra a Covid-19 em forma de spray. “A vacina aplicada por um spray nasal permite a criação de dois tipos de anticorpos e não somente aquele criado quando a vacina é administrada por injeção”, comenta o professor da Faculdade de Medicina e Ciências Farmacêuticas da USP, Marco Antônio Stephano, responsável pelo projeto.

A atuação farmacêutica segue se mostrando essencial desde o processo de pesquisa até o desenvolvimento de medicamentos e vacinas, uma vez que o profissional farmacêutico atua na produção e controle de qualidade do produto final, envolvido em todos os processos necessários para atestar condições para o uso do medicamento. Por enquanto, a pesquisa está no estágio pré-clínico, nós vamos acompanhar a evolução e lhe manter informado sobre as novidades que prometem transformar as medidas de enfrentamento à pandemia.

Ressaltamos que nenhum dos medicamentos substitui o ato de se vacinar, a vacina é uma medida de prevenção e, num futuro próximo, eles serão um complemento à vacinação. Então, se você chegou até aqui, continue tomando as medidas de proteção, use máscara, atente-se ao calendário nacional de vacinação e garanta estar presente para vislumbrar, dentro de alguns meses, o controle da pandemia no Brasil.

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